26 de abr. de 2010

COMPAIXÃO

Swami Yogananda



swami yogananda
(sépia sobre papel)

Que a feiúra da indelicadeza dos outros
possa me impelir a me fazer belo com a bondade.

Possam os modos grosseiros dos meus companheiros
lembrar-me de usar palavras doces, sempre.

Se pedras de mentes pecadoras forem arremessadas contra mim,
permita-me enviar de volta apenas mísseis de boa-vontade.



Assim como o jasmim deixa cair suas flores
sobre as mãos que portam machados e
que golpeiam suas raízes,
assim, sobre todos aqueles que agem
hostilmente contra mim,
possa eu derramar flores de perdão.



Que eu não aumente a ignorância dos pecadores
com minha intolerância ou vingança.
Inspira-me a ajudá-los com meu perdão,
minhas orações e lágrimas de amor fraterno.



Eu tratarei aquele que se considera meu inimigo como um divino irmão,
escondido sob um manto de algum mal-entendido.
Eu chorarei sinceramente ao lado desse manto com uma lança de amor,
de forma tal que, vendo minha humildade, clamando por compreensão,
ele não mais desprezará a oferta da minha boa-vontade.



Procure fazer coisas corajosas e amáveis que deixam de ser feitas pela maioria das pessoas. Dê presentes de amor e paz àqueles que os outros ignoram.


Por Paramahansa Yogananda



Este desenho é da artista plástica, e facilitadora na área desenvolvimento pessoal. Eu achei muito bonito e muito real, por isso trouxe para este blog. Parabéns Fiipa Sabrosa, muito bonito seu trabalho.

Contactos e informações

Email:filipasabrosa@gmail.com

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Visite o site Almas Divinas

Fonte:
http://www.almasdivinas.com.br/vida/grande_encontro.htm
http://www.pinturaparaalma.blogspot.com/

24 de abr. de 2010

O MEDO


Seja qual for o seu medo, desvie sua mente dele e entregue o caso a Deus. Tenha fé Nele. Muito do sofrimento é devido apenas às preocupações.

Por que sofrer agora, se a doença ainda não chegou? Uma vez que a maioria de nossas doenças é provocada pelo medo, se você o abandonar estará imediatamente livre.

A cura é instantânea.

Todas as noites, antes de dormir, afirme:

“O Pai Celestial está comigo, estou protegido.”

Mentalmente, sinta-se envolvido pelo Espírito e por Sua energia cósmica, e pense: “Qualquer germe que me atacar será eletrocutado”.
Cante “OM” três vezes, ou a palavra “DEUS”.
Isso o protegerá. Você sentirá Sua maravilhosa proteção.
Não tenha medo. È a única maneira de ser saudável.

Se comungar com Deus, a verdade Dele fluirá para você. Saberá que é uma alma imperecível.

Sempre que sentir medo, coloque a mão sobre o coração, junto à pele; esfregue da esquerda para a direita e diga:

“Pai, eu sou livre. Apaga esse medo do rádio de meu coração.”

Assim como você apaga a estática em um rádio comum, se esfregar continuamente o coração, da esquerda para a direita, e concentrar-se constantemente na idéia de que deseja eliminar o medo, assim também ele desaparecerá e você experimentará a alegria de Deus.

Nada é impossível, a não ser que você pense que é.

Há muito o que falar sobre o tema da cura. A idéia principal é que devemos depender mais do poder mental, que é ilimitado.

As regras de prevenção contra a doença devem ser: autocontrole, exercícios, dieta apropriada, abundância de sucos de frutas, jejum ocasional e sorrisos o tempo todo - de dentro para fora. Esses sorrisos nascem da meditação. Você encontrará então o poder eterno de Deus. Em êxtase com Ele, você trará conscientemente para o seu corpo a divina presença curativa.

Paramahansa Yogananda – A Eterna Busca do Homem e Afirmações Científicas de Cura.

Este texto foi retirado do site Almas Divinas, visite-o.

Fonte:
http://www.almasdivinas.com.br/vida/grande_encontro.htm

21 de abr. de 2010

A EVOLUÇÃO DA FORMA

Toda forma que vês
tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.
Se a forma esvanece, não importa,
permanece o original.

As belas figuras que viste,
as sábias palavras que escutaste,
não te entristeças se pereceram.

Enquanto a fonte é abundante,
o rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos
dois se detém?

A alma é a fonte, e as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.
Tira da cabeça todo o pesar
e sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.

Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti,
para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti?

Finalmente foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo; um punhado de pó
vê quão perfeito se tornou!

Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.

Passa de novo pela vida angelical,
entra naquele oceano,
e que tua gota se torne o mar,
cem vezes maior que o Mar de Oman.

Abandona este filho que chamas corpo
e diz sempre Um; com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.

Jalal ud-Din Rumi


Fonte: http://soulshinexyz.wordpress.com/page/2/

20 de abr. de 2010

O TESOURO DE BRESA



Há uma história muito interessante, chamada "O Tesouro de
Bresa", onde uma pessoa pobre compra um livro com o segredo de um tesouro.
Para descobrir o segredo, a pessoa tem que decifrar todos os idiomas escritos no livro. Ao estudar e aprender estes idiomas começam a surgir oportunidades na vida do sujeito, e ele lentamente (de forma segura) começa a prosperar.
Depois ele precisa decifrar os cálculos matemáticos do livro. É obrigado a continuar estudando e se desenvolvendo, e a sua prosperidade aumenta.
No final da história, não existe tesouro algum - na busca do segredo, a pessoa se desenvolveu tanto que ela mesma passa a ser o tesouro.

O profissional que quiser ter sucesso e prosperidade precisa aprender a trabalhar a si mesmo com muita disciplina e persistência. Vejo com freqüência as pessoas dando um duro danado no trabalho, porque foram preguiçosas demais para darem um duro danado em si mesmas.
Os piores são os que acham que podem dar duro de vez em quando. Ou que já deram duro e agora podem se acomodar. Entenda: o processo de melhoria não deve acabar nunca.

Acomodação é o maior inimigo do sucesso!!!
Por isso dizem que a viagem é mais importante que o destino. O que você é acaba sendo muito mais importante do que o que você tem.

A pergunta importante não é "quanto vou ter?",
mas sim "no que vou me transformar? " Não é "quanto vou ganhar?", mas sim "quanto vou aprender?".

Pense bem e você
notará que tudo o que tem é fruto direto da pessoa que você é hoje. Se você não tem o suficiente, ou se acha o mundo injusto, talvez esteja na hora de rever esses conceitos.

O porteiro do meu prédio vem logo à mente. É porteiro desde que o conheço. Passa 8 horas por dia na sua sala, sentado atrás da mesa. Nunca o peguei lendo um livro. Está sempre assistindo à TV, ou reclamando do governo, do salário, do tempo. É um bom porteiro, mas em todos estes anos poderia ter se desenvolvido e hoje ser muito melhor do que é. Continua porteiro, sabendo (e fazendo) exatamente as mesmas coisas que sabia (e fazia) dez anos atrás. Aí reclama que o sindicato não negocia um reajuste maior todos os anos. Nunca consegui fazê-lo entender que as pessoas não merecem ganhar mais só porque o tempo passou. Ou você aprende e melhora, ou merece continuar recebendo exatamente a mesma coisa. Produz mais, vale mais? Ganha mais. Produz a mesma coisa? Ganha a mesma coisa. É simples.

Os rendimentos de uma pessoa raramente excedem seu desenvolvimento pessoal e profissional. Às vezes alguns têm um pouco mais de sorte, mas na média isso é muito raro. É só ver o que acontece com os ganhadores da loteria, astros, atletas. Em poucos anos perdem tudo.

Alguém certa vez
comentou que se todo o dinheiro do mundo fosse repartido igualmente, em pouco tempo estaria de volta ao bolso de alguns poucos. Porque a verdade é que é difícil receber mais do que se é.

Como diz o Jim Rohn, no que ele chama do grande axioma da vida: "Para ter mais amanhã, você precisa ser mais do que é hoje". Esse deveria ser o foco da sua atenção. Não são precisos saltos revolucionários, nem esforços tremendos repentinos. Melhore 1% todos os dias (o conceito de "kaizen"), em diversas áreas da sua vida, sem parar. Continue, mesmo que os resultados não sejam imediatos e que aparentemente superficialmente pareça que não está melhorando. Porque existe, de acordo com Rohn, um outro axioma: o de não mudar: "Se você não mudar quem você é, você continuará tendo o que sempre teve".
(Tórtoro-Recanto das Letras)

Gente, esse texto eu recebi por email, achei bonita esta história e estou postando. Todavia, não sei de que o texto, tem apenas sesse nome embaixo "Tórtoro-Recanto das Letras". Espero ser dessa pessoa, risos. Fazer o que?
Fica um grande abraço

RELATOS DE UM PEREGRINO RUSSO


O livro RELATOS DE UM PEREGRINO RUSSO é um clássico da espiritualidade cristã oriental. Foi escrito por um monge russo anônimo, no século XIX. O PEREGRINO RUSSO conta a história de um homem que queria aprender a rezar. Ele ouviu certa vez na Bíblia que deveríamos "orar sem cessar". Ele procurou muitos mestres, e nenhum o satisfez, até que encontrou um monge (um starets) que lhe ensinou a ORAÇÃO DE JESUS, a repetição do nome de JESUS... O homem então começou a repetir o nome de JESUS até que a oração tomou conta de sua mente e de seu coração.

A ORAÇÃO DE JESUS consiste em sentar-se em silêncio, aquietar a mente e dirigir a atenção ao coração, procurando trazer a respiração ali, sentindo seu efeito. E, ao fazer isso, murmurar ou pensar nas palavras: "Senhor Jesus Cristo, tende piedade de mim”. Como água em pedra dura, a repetição vai amolecendo o coração do peregrino, “aprofundando- se em sua carne”. Ele repete as palavras 3 mil, 6 mil,12 mil vezes ao dia. E passa por vários estados, do desconforto e preguiça iniciais às primeiras sensações de calor no peito, a purificação vinda pelas lágrimas, o sentimento de união com o mundo, a abertura para a paz, até atingir a experiência do amor divino. Esse homem alcançou a oração contínua, aprendeu a "orar sem cessar". . Ele repetia o nome de JESUS o dia inteiro, e até durante o sono o nome de JESUS estava em seu coração.

O PEREGRINO RUSSO conta a história de como esse homem aprendeu a "orar sem cessar", por meio da ORAÇÃO DE JESUS, que consiste na repetição do nome de JESUS.

TRECHOS DO LIVRO RELATOS DE UM PEREGRINO RUSSO

"Por graça de Deus sou homem e sou cristão; pelas minhas ações sou um grande pecador. Meus bens são: as costas, uma sacola com pão duro, a santa Bíblia no bolso e só... Por estado, sou peregrino da mais baixa condição, andando sempre errante de um lugar a outro. No vigésimo quarto domingo depois de Pentecostes, fui à igreja para ali fazer minhas orações durante a liturgia. Estava sendo lida a primeira Epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses e, entre outras palavras, ouvi estas: 'Orai incessantemente' (1Ts 5,17). Foi esse texto, mais que qualquer outro, que se inculcou em minha mente, e comecei a pensar como seria possível rezar incessantemente, já que um homem tem de se preocupar também com outras coisas a fim de ganhar a vida".

"É preciso lembrar-se de Deus em todo tempo, em todo lugar e em todas as coisas. Se fabricas alguma coisa, deves pensar no Criador de tudo o que existe; se vês a luz do dia, lembra-te Daquele que criou a luz para ti; se olhas o céu, a terra e o mar e tudo o que eles contêm, admira, glorifica Aquele que tudo criou; se te vestes com uma roupa, pensa Naquele de quem a recebeste e lhe agradece, a Ele que provê a tua existência. Em resumo, que todo movimento seja para ti um motivo para celebrar o Senhor: assim rezarás sem cessar e tua alma estará sempre alegre".

"A oração interior incessante é um anseio contínuo do espírito humano por Deus. Para sermos bem-sucedidos nesse exercício consolador, precisamos suplicar com mais freqüência a Deus que nos ensine a rezar sem cessar. Rezar mais e rezar com mais fervor. É a própria oração que lhe revela como rezá-la sem cessar; mas leva algum tempo".

"Dá graças a Deus, irmão muito amado, por haver-te Ele revelado essa invencível atração que existe em ti até a oração interior contínua. Reconhece nisso o chamamento de Deus e tranquilíza-te pensando que assim ha sido devidamente provado o acordo de tua vontade com a palavra divina; te ha sido dado comprender que não é nem a sabedoria deste mundo nem um vão desejo de conhecimento o que conduz à luz celestial —a contínua oração interior—, senão ao contrario, a pobreza de espírito e a experiencia ativa na simplicidade do coração".

"Como se aprende a oração, veremos neste livro que se chama Filocalia. Nele está contida a ciencia completa e detalhada da oração interior contínua, exposta por vinte cinco Padres. É tão útil e perfeito, que se lhe considera como o guia essencial da vida contemplativa, e, como disse o bem-aventurado Nicéforo, 'conduz a salvação sem trabalho nem dor'".

"Abriu o starets a Filocalia, escolheu uma passagem de São Simeão o Novo Teólogo e começou:

'Permanece sentado no silencio e na solidão, inclina a cabeça e fecha os olhos; respira suavemente, mira pela imaginação o interior de teu coração, recolhe tua inteligencia, quer dizer teu pensamento, de tua cabeça ao teu coração. Diz, ao ritmo da respiração: “Senhor Jesus Cristo, tem piedade de mim”, em voz baixa, ou simplesmente em espírito. Esforça-te em lançar fora todos os demais pensamentos, sê paciente e repete com frequência este exercicio'".

"A oração de Jesus, interior e constante, é a invocação contínua e ininterrupta do nome de Jesus com os lábios, o coração, a inteligência, no sentimento da sua presença, em todo lugar, em todo tempo, até durante o sono. Ela é expressa por estas palavras: 'Senhor, Jesus Cristo, tende piedade de mim'".

"Ao cabo de certo tempo notei que a oração se originava sozinha dentro de meu coração, quer dizer que meu coração, batendo com toda regularidade, se punha em certo modo a recitar as palavras santas a cada batida; por exemplo: 1-Senhor, 2-Jesus, 3-Cristo, e assim com o demais. Deixava de mover os labios e escutava com atenção o que dizia meu coração, lembrando-me de quão agradavel é isto segundo me dizia meu falecido starets".

"Todo meu desejo estava fixo sobre uma só coisa: dizer a oração de Jesus e, desde que me consagrei a isto, estive tomado de alegria e de consolo. Era como se meus lábios e minha língua pronunciassem por si mesmas as palavras, sem esforço de minha parte".

"Então senti como um rápido calor em meu coração, e tal amor por Jesus Cristo em meu pensamento, que me imaginei, a mim mesmo, ajoelhando-me a seus pés – Ah se pudesse vê-lo! – abraçando-o, beijando com ternura seus pés e agradecendo-lhe com lagrimas haver me permitido, em sua graça e seu amor, encontrar em seu nome tão grande consolo – a mim sua criatura indigna e pecadora. Em seguida sobreveio em meu coração um calor agradável que se expandiu para todo meu peito".

“Quando rezava, no fundo do meu coração, tudo o que me cercava aparecia sob um aspecto maravilhoso: árvores, ervas, pássaros, terra, água, ar... tudo parecia dizer-me que existem para o homem, que através do Amor de Deus, tudo rezava, tudo cantava a glória do Senhor. Compreendia assim aquilo que a Filocalia chama de consciência, o conhecimento da linguagem da criação, e via como é possível conversar com as criaturas de Deus”

"Algumas vezes meu coração resplandecia de alegria, parecia leve, pleno de liberdade e de consolo. As vezes eu sentia um amor ardente por Jesus Cristo e por todas as criaturas de Deus... As vezes, invocando o nome de Jesus, estava repleto de felicidade e, depois disto, conhecia o sentido destas palavras: 'O reino de Deus está dentro de vós".
(Gilberto Ribeiro e Silva)



Amigos blogueiros, alguns livros emocionam muito, este é um deles pois traz o coração místico a tona. Não tem autor, foi escrito por um monge russo do Século XIX, e conta a história de um peregrino russo que abre nosso coração. Denota a pureza e simplicidade do hesicasmo, mostra que a estrada desta viagem do peregrino russo, é uma viagem espiritual em sua história particular, e recheada por sucessões de acontecimentos externos, mas também, e principalmente, para o ensino específico contido em cada um deles, que gradualmente entra no caminho espiritual, tal como concebido por Hesicasta tradição em particular.
Este homem queria aprender a rezar e tem ensinado muita gente a aprender a rezar. Quando li este livro mudei a minha forma de pensar e estou diariamente fazendo o percurso deste peregrino que tanto me apaixonei, dando-lhe minha mente e meu coração.
Paz Profunda!

Fonte: RELATOS DE UM PEREGRINO RUSSO. ANONIMO.

18 de abr. de 2010

DANIEL DUNGLS HOME

O MAIOR MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS DO SÉCULO XIX

Há numerosos livros sobre Daniel Home, e sobre ele paira o ar de mistério próprio de um médium com dons excepcionais, nunca conseguiram desmascará-lo. Nasceu em 1833 na cidade de Currie, perto de Edimburgo, Escócia. Ele foi batizado como Daniel Home e não Dunglas, ele acrescentou para dar crédito a sua alegação de que provinha de família aristocrática. Na verdade o pai de Home era um operário beberrão. Na infância Home foi adotado por uma tia sem filhos, que oito anos depois emigrou com o marido para os Estados Unidos e estabeleceu-se em Connecticut. Home começou a ter visões na adolescência e ao 12 anos provocava batidas similares às da irmãs FOX e fazia a mobília mover-se, sua tia presbiteriana convicta que era o demônio o expulsou de casa.

A partir daí, Home tornou-se um eterno hóspede. Passou a viver à custa da hospitalidade dos outros. Era elegante, carismático, tocava piano, recitava, conversava com eloqüência. Era uma personalidade agradável e suas sessões assombrosas. Nunca em sua carreira cobrou pelas sessões.




(Em estado de transe, D.Home projetou uma mesa contra o teto na presença de Napoleão III)


Em toda sua vida muitas testemunhas fidedignas afirmavam que sobre ele pairava um carisma especial. A sua presença conseguia fazer a sala inteira tremer como um terremoto. Sob o seu comando, uma mesa de 50 quilos flutuava no ar. Ele era capaz de levitar, alongar o corpo, esfregar carvões em brasa no rosto sem nenhum dano. Viram-se labaredas coroando-lhe a cabeça. Fazia Espíritos aparecerem em forma integral.


Daniel Dunglas Home (pronounced "Hume")



O Prof. David Wells de Harvard, foi o primeiro pesquisador a estudar Home. Em suas sessões obteve resultados espantosos. Mesas voavam, o pesquisador e três testemunhas sentaram na mesa, mesmo assim continuava a voar e deslizar sobre toda sala.






Em 1852 Home consegue levitar o seu próprio corpo. E quem tentasse segurar o corpo de Home levitava também. Fazia aparecer mãos e até aparições de corpo inteiro.




A célebre sessão de dezembro de 1868, em que saiu flutuando por uma janela e entrou por outra, continua sendo motivo de polêmica. O senhor de Lindsay (conde de Crawford, mais tarde) testemunhou o fenômeno e depôs: “Eu estava reunido com o sr. Home, lorde Adare e um primo dele (o capitão Wynne). Durante a sessão, o sr. Home entrou em transe e nesse estado flutuou e foi levado para fora do apartamento, através da janela da sala contígua à nossa. Depois, sempre flutuando, voltou para o apartamento, passando por nossa janela. A distân-cia entre ambas as janelas era de 2,30 metros e não havia nenhum beiral. A projeção de cada janela não passava de 30 centímetros e servia de floreira. Nós ouvimos a vidraça da sala ao lado subir, e logo em seguida vimos Home flutuando no ar do lado de fora de nossa janela. A lua cheia iluminava a sala; de costas para a luz, eu vi na parede a sombra do peitoril da janela, e os pés de Home uns 15 centímetros acima dela. Ele ficou nessa posição por alguns segundos, e então suspendeu a vidraça e entrou na sala com os pés na frente, sentando-se em seguida”.


(colocou uma guirlanda de flores na cabeça de Elizabeth Barret Browning)


Sofria de tuberculose e os espíritos aconselharam ir para Inglaterra. Em Londres, se hospedou na casa de um rico advogado Sr. John Rymer, e realizou uma de suas sessões mais famosas, com a presença de ilustres poetas Sr. Roberto e Elizabeth Browning. A mesa moveu-se, produziu batidas, mãos espectrais tocavam sinos e melodias e apanhou da mesa uma girlanda de flores e colocou-a na cabeça de Elizabeth. O Sr. Roberto Browning perseguiu HOME fazendo piadas com o sobrenome DUNGAS, passou a chamá-lo DUNGBALL ( bola de esterco). Algum tempo depois escreveu seu famoso poema “Mr. Sludge, the Medium” (Sr. Lamaçal, o Médium), chamava entre outras coisas desagradáveis, de vigarista, impostor, sanguessuga, bajulador, gabola e beberrão. Historiadores contavam que Roberto Browning ouvira boatos de que HOME era homossexual, e não conseguia suportar que uma pessoa assim tivesse contato algum com sua amada esposa.



(mãos espectrais apareciam e tocavam sinos)


HOME perdeu o brilho na Inglaterra e rumou a Itália, levando cartas de apresentação de seus amigos britânicos. Mas na Itália, foi ferido por um camponês que acreditava que HOME era um feiticeiro. Seus guias espirituais informaram que seus poderes o abandonariam por um ano, e foi o que sucedeu.






Em 1857, HOME foi a Paris, e foi chamado por Napoleão II e sua esposa Eugênia. Numa sessão, A imperatriz segurou a mão de um espírito que reconheceu seu falecido pai, por uma deformidade caracteristica em um dedo. HOME desfrutou da confiança das altezas imperiais.



Foi a Rússia, e tornou-se íntimo do Czar Alexandre II. Home conheceu na Itália uma jovem russa Alexandrina de Kroll, com quem planejou se casar. O Czar abençoou as núpcias e deu valiosos presentes. O padrinho de casamento foi Alexandre Dumas, autor do “Os Três Mosquiteiros”, entre os convidados estavam o primo de Leon Tolstoi , Sr. Aleixei Tolstoi. O casamento durou pouco, Madame Home morreu de tuberculose. Se encontrava em dificuldades financeiras e tornou-se escultor, e foi morar no Vaticano onde foi expulso, por acusação de feitiçaria.


A sessão mas espantosa e polêmica de sua carreira, foi em 13 ou 16 de dezembro de 1868, fez uma sessão para James Ludovic Lindsay, Lord Adare e Wynne. A sala estava iluminada pelo luar, HOME começou a andar pela sala e seu corpo alongou-se e elevou-se no ar. Quando ele tocou no chão, disse aos amigos, não se assustem, não saiam dos lugares, saiu da sala e o uma voz surrou no ouvido de Lindsay: “Ele vai sair por uma janela e entrar por outra”. Ao ouvir isso, a jovem aristocrata deu um grito, pois pelos cálculos o apartamento ficava 25 metros do chão. Todos ouviram a janela abrir-se e HOME do lado de fora em pleno ar. Com toda calma, abriu a janela e entrou na sala, sentou-se e começou a rir. Perguntaram-lhe sobre o riso e ele respondeu: Se um guarda passasse e olhasse para cima, veria um homem girando no ar junto a parede ficaria estupefato. Esta sessão ajudou a HOME recuperar sua reputação, logo depois casou de novo com uma nobre russa.


Os críticos do espiritismo tinha uma especial inimizade a HOME. Charles Dickens chamou-o de “ bandido e salafrário”. O mágico Harry Houdini se ofereceu a fazer o mesmo de HOME, chamava o médium de “hipócrita da pior espécie”. Mas ninguém jamais provou umas fraude de HOME, e em duas décadas de mediunidade HOME nunca foi pego cometendo trapaça. Este fato desataca-o entre os médiuns da era Vitoriana.

Impressionantes fenômenos atestados por testemunhas:

Os empregados do hotel Cox, na rua Jermyn, olhavam-se inquietos, aquela tarde de inverno de 1855. Desconfiavam de que algo estava ocorrendo num dos quartos do segundo andar, ocupado por um tal Mr. Home. O patrão estreitara sua amizade com aquele cavalheiro cujo olhar penetrante continuava impressionando vivamente o pessoal do estabelecimento.

Enquanto a chuva repicava nas vidraças como marteladas, quatro pessoas reunidas à volta de uma pesada mesa: Lord Broughant, Sir David Brewster, Mr. Cox e Daniel Douglas Home. Brewster era professor de Física e ficou muito impressionado com o que aconteceu, aquela tarde chuvosa. A mesa começou a vibrar de uma forma inquietante. A luz, filtrada através das úmidas vidraças, deixava ver, perfeitamente, tudo o que acontecia. Num momento dado, as trepidações quase insuportáveis do móvel transformaram-se em assustadores golpes, como se um punho invisível batesse furiosamente sobre o tabuleiro. No entanto, nenhum dos assistentes à sessão, tinha contato com aquele. Espontaneamente, a mesa levantou-se uns palmos do chão. Levitando no ar, oscilava de um modo estranho durante uns minutos e em seguida caía bruscamente. Mr. Cox colocou um sininho sobre o tapete, Durante um tempo, este permaneceu imóvel, até que, finalmente, começou a tocar, agitando-se, violentamente, sem que ninguém tivesse estabelecido contato com o abeto de bronze. O indutor inconsciente daqueles fenômenos surpreendentes parecia ser Mr. Home. Espírita convicto, não duvidava de que as entidades do «outro-mundo» manifestavam-se por meio da sua pessoa. Em 1857, foi convidado às Tullerias, em Paris, e Napoleão III pôde comprovar as maravilhosas faculdades do jovem Daniel. Uma mesa de madeira maciça foi projetada contra o teto e um lápis, manejado misteriosamente, traçou a caligrafia de Napoleão Bonaparte. Dele, contou Lord Adare, que, no dia 16 de dezembro de 1868, estando em fase de transe, saiu para a rua, pela janela, flutuando no espaço, e do mesmo jeito tornou a entrar no cômodo, diante da angustiosa expectativa dos presentes.

Até William Crookes, o eminente físico a quem se deve as análises mas importantes sobre os raios catódicos – que tornam possível a televisão dos nossos dias –, descobridor do elemento químico tálio (1861'ì e inventor do radiômetro, mostrou-se interessado em estudar os fenômenos gerados por aquele singular britânico. Em 1869, iniciou seus trabalhos com Homes. Seus instrumentos de laboratóno permitiram avaliar a intensidade das forças misteriosas que o médiun exercia sobre a matéria.



Fenômenos pesquisados por Willian Crokes:

Um dos casos mais convincentes de fotogênese foi realizado por Daniel Home, foi o aparecimento de luzes em toda classe de formas. Umas vezes uma pequena bola luminosa flutuava no ar, outras vezes, apareciam pequenas luzinhas, como chuva de estrelas ou diminutos fogos de artifício. Numa ocasião, viram-se umas como línguas de fogo repousando ou saindo da cabeça de Home.

Inclusive alguma ou outra vez foi observada uma luz bem mais intensa, pois era visível na sala bem iluminada. Escreve, a propósito William Crookes: "Em plena luz, vi uma nuvem luminosa pairar sobre um helicóptero, colocado em cima de uma mesa, ao nosso lado e, em algumas ocasiões, percebi uma nuvem semelhante condensar-se sob nossos olhos."

Algumas vezes, luzes errantes, fosforescentes, tocaram os corpos dos assistentes, oferecendo a sensação de contato com um corpo sólido.

O caso acima foi estudado por William Crookes, que diz: "Tenho apenas a necessidade de lembrar aos meus leitores que... tomei todas as precauções convenientes para evitar que lançassem mão de óleo fosforado ou de outros meios. Ademais, muitsa dessas luzes eram de natureza tal que não pude chegar a imitálas por meios artificiais; sob as mais rigorosas condições de exame..."

Daniel Home produzia também o fenômenos Extra-Normal chamado Tiptologia, como veremos abaixo, nas palavras de William Crookes:

"Por diversas vezes, durante as minhas experiências, ouvi pancadas delicadas como produzidas pela ponta de um alfinete, (outras vezes) como uma cascata de sons penetrantes: os de qualquer máquina de indução em plena atividade; detonações no ar, (ou ainda), leves reídos metálicos, estalidos agudos, como os que se ouvem quando uma máquina trituradora esta em atividade; sons que pareciam arranhaduras, gorjeitos como os de um pássaro, etc.".

Diante da pesquisa o Dr.William Crookes atestou a autenticidade dos fenômenos produzidos. Seu relatório sobre a pesquisa efetuada foi publicado no Quarterly Journal of Science, de julho de 1871. Nele, Crookes admitia que a sua mente racional assegurava a impossibilidade de tudo o que observara; entretanto, reconhecia estar plenamente convencido de que Home era capaz de levitar, segurar brasa, alongar-se e fazer com que os objetos flutuassem no ar.



Apesar de ser repetitiva vou postar a narração de Allan Kardec acerca de Daniel Home, em duas Revistas Espíritas, apresenta-o da seguinte forma:


"É um jovem de talhe mediano, louro, cuja fisionomia melancólica nada tem de excêntrico; é de compleição muito delicada, de costumes simples e suaves, de um caráter afável e benevolente sobre o qual o contato das grandezas não lançou nem arrogância e nem ostentação.

Dotado de uma excessiva modéstia, jamais exibiu a sua maravilhosa faculdade, jamais falou de si mesmo, e se, na expansão da intimidade, conta coisas que lhe são pessoais, é com simplicidade, e jamais com a ênfase própria das pessoas com as quais a malevolência procura compará-lo.

Vários fatos íntimos, que são do nosso conhecimento pessoal, provam nele nobres sentimentos e uma grande elevação de alma; nós o constatamos com tanto maior prazer quanto se conhece a influência das disposições morais sobre a natureza das manifestações.

O Senhor Home é um médium do gênero daqueles que produzem manifestações ostensivas, sem excluir, por isso, as comunicações inteligentes; mas as suas predisposições naturais lhe dão, para as primeiras, uma aptidão mais especial.

Sob a sua influência, os mais estranhos ruídos se fazem ouvir, o ar se agita, os corpos sólidos se movem, se erguem, se transportam de um lugar a outro através do espaço, instrumentos de música fazem ouvir sons melodiosos, seres do mundo extra-corpóreo aparecem, falam, escrevem e, freqüentemente, vos abraçam até causar dor.

Ele mesmo foi visto, várias vezes, em presença de testemunhas oculares, elevado sem sustentação a vários metros de altura.

Do que nos foi ensinado sobre a classe dos Espíritos que produzem, em geral, essas espécies de manifestações, não seria preciso disso concluir que o Sr. Home não está em relação senão com a classe íntima do mundo espírita.

Seu caráter e as qualidades morais que o distinguem, devem, ao contrário, granjear-lhe a simpatia dos Espíritos Superiores; ele não é, para esses últimos, senão um instrumento destinado a abrir os olhos dos cegos por meios enérgicos, sem estar, por isso, privado de comunicações de uma ordem mais elevada.

É uma missão que aceitou; missão que não está isenta nem de tribulações e nem de perigos, mas que cumpre com resignação e perseverança, sob a égide do Espírito de sua mãe, seu verdadeiro anjo guardião.

A causa das manifestações do senhor Home é inata nele; sua alma, que parece não prender-se ao corpo senão por fracos laços, tem mais afinidade pelo mundo espírita do que pelo mundo corpóreo; por isso ela se prepara sem esforços, e entra, mais facilmente que em outros, em comunicação com os seres invisíveis.

Essa faculdade se revelou nele desde a mais tenra infância. Com a idade de seis meses, seu berço se balançava inteiramente sozinho, na ausência de sua babá, e mudava de ligar. Nos seus primeiros anos, era tão débil que tinha dificuldade para se sustentar, sentado sobre um tapete, os brinquedos que não podia alcançar, vinham, eles mesmos, colocar-se ao seu alcance. Com três anos teve as suas primeiras visões, mas não lhes conservou a lembrança. Tinha nove anos quando sua família foi se fixar nos Estados Unidos; aí os mesmos fenômenos continuaram com uma intensidade crescente, à medida que avançava em idade, mas a sua reputação, como médium, não se estabeleceu senão em 1850, por volta da época em que as manifestações espíritas começaram a se tornar populares nesse país.

Em 1854, veio para a Itália, nós o dissemos, por sua saúde; espanta Florença e Roma com verdadeiros prodígios.

Convertido à fé católica, nessa última cidade, tomou a obrigação de romper as suas relações com o mundo dos Espíritos. Durante um ano, com efeito, seu poder oculto parece tê-lo abandonado; mas como esse poder estava acima de sua vontade, a cabo desse tempo, assim como lhe havia anunciado o Espírito de sua mãe, as manifestações se produziram com uma nova energia.

Sua missão estava traçada; deveria distinguir-se entre aqueles que a Providência escolheu para nos revelar, por sinais patentes, a força que domina todas as grandezas humanas.

Para o senhor Home, os fenômenos se manifestam, algumas vezes, espontaneamente, no momento em que menos são esperados.

O fato seguinte, tomado entre mil, disso é uma prova. Desde há mais de quinze dias, o senhor Home não tinha podido obter nenhuma manifestação, quando, estando a almoçar na casa de um dos seus amigos, com duas ou três pessoas do seu conhecimento, os golpes se fazem súbito ouvir nas paredes, nos móveis e no teto.

Parece, disse, que voltaram. O senhor Home, nesse momento, estava sentado no sofá com um amigo.

Um doméstico trás a bandeja de chá e se apressa em colocá-la sobre a mesa, situada no meio do salão; esta, embora fosse pesava, se eleva subitamente e se destaca do solo em 20 a 30 centímetros de altura, como se tivesse sido atraída pela bandeja; apavorado, o criado deixa-a escapar, e a mesa, de pulo, se atira em direção do sofá e vem cair diante do senhor Home e seu amigo, sem que nada do que estava em cima tivesse se desarrumado.

Esse fato, sem contradita, não é o mais curioso daqueles que teríamos a relatar, mas apresenta essa particularidade, digna de nota, de ter se produzido espontaneamente, sem provocação, num círculo íntimo, onde nenhum dos assistentes, cem vezes testemunhas de fatos semelhantes, tinha necessidade de novos testemunhos; seguramente, não era o caso para o Senhor Home de mostrar as suas habilidades, se habilidades havia.” (1)

Outras manifestações: O que distingue Daniel Douglas Home é sua mediunidade excepcional.

Enquanto outros médiuns obtém golpes leves, ou o deslocamento insignificante de uma mesa, sob a influência do senhor Home os ruídos, os mais retumbantes, se fazem ouvir, e todo o mobiliário de um quarto pode ser revirado, os móveis montando uns sobre os outros.

Igualmente os objetos inertes, ele próprio é elevado até o teto (levitação), depois desce do mesmo modo, muitas vezes sem que disso se aperceba.

De todas as manifestações produzidas pelo Sr. Home, a mais extraordinária é a das aparições, segundo análise de Allan Kardec.

Do mesmo modo sons se produzem no ar ou instrumentos de música tocam sozinhos.

“Seguramente, se alguém fosse capaz de vencer a incredulidade por efeitos materiais, este seria o senhor Home. Nenhum médium produziu um conjunto de fenômenos mais surpreendentes, nem em melhores condições de honestidade.” (2)

O senhor Home realizou várias experiências perante o Imperador Napoleão II.

Durante essas experiências, obteve-se uma prova concreta da assinatura de Napoleão Bonaparte, com a presença da Imperatriz Eugênia, cujo fato aumentou grandemente sua fama.

Jamais esse excepcional médium mercadejou seus preciosos dons mediúnicos.

Teve inúmeras oportunidades, mas sempre se recusou. Dizia ele:

“Fui mandado em missão. Essa missão é demonstrar a imortalidade. Nunca recebi dinheiro por isso e jamais receberei.”

Como todo o médium, o senhor Home foi caluniado e ferido em sua dignidade, mas nunca lhe faltou, nas horas mais difíceis, o amparo de seus mentores espirituais."


HOME morreu de tuberculose em 1868, com 53 anos de idade, sua viúva pediu a Prefeitura de Edimburgo que constituísse um memorial em sua honra e ofereceu-se a pagar 500 libras pelo projeto. Foi erguido o monumento – uma fonte pública com o busto de HOME, depois quebrou e foi demolida.



Referências Bibliográficas:

1. EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS. Espíritos materializados. In:___. Coleção: Mistérios do Desconhecido. Editora Rio de Janeiro: Editores de Time-Life Livros. Abril Livros, 1991;

2. Revista Espírita de 1858, mês de fevereiro. Allan Kardec.

3. Revista Espírita de 1863, mês de setembro.Allan Kardec.

4. http://www.sobrenatural.org/materia/detalhar/4015/daniel_douglas_home/.

16 de abr. de 2010

TRES HISTÓRIAS JUDAICAS


A menor constituição do mundo

Um grupo de sábios judeus reuniu-se para tentar criar a menor Constituição do mundo. Se alguém fosse capaz de definir - no espaço de tempo que um homem leva para equilibrar-se em um só pé - as leis que deviam reger o comportamento humano, este seria considerado o maior de todos os sábios.
- Deus pune os criminosos - disse um.
Os outros argumentaram que isto não era uma lei, mas uma ameaça; a frase não foi aceita.
- Deus é amor - comentou outro.
De novo, os sábios não aceitaram a frase, dizendo que ela não explicava direito os deveres da humanidade.
Neste momento, aproximou-se o Rabino Hillel. E, colocando-se num só pé, disse:
- Não faça com seu próximo àquilo que você detestaria que fizessem com você; esta é a Lei. Todo o resto é comentário jurídico.
E o rabino Hillel foi considerado o maior sábio de seu tempo.


Tapando o sol com a mão

Um discípulo procurou o rabino Nahman de Braslaw:
- Não continuarei mais meus estudos dos textos sagrados - disse. - Moro numa pequena casa com meus irmãos e pais, e nunca encontro as condições ideais para concentrar-me no que é importante.
Nahman apontou o sol, e pediu que seu discípulo colocasse a mão na frente do rosto, de modo a oculta-lo. O discípulo fez isto.
- Sua mão é pequena, e no entanto conseguiu cobrir totalmente a força, a luz e a magestade do imenso sol. Da mesma maneira, os pequenos problemas conseguem lhe dar a desculpa necessária para não seguir adiante em sua busca espiritual.
"Assim como a mão tem o poder de esconder o sol, a mediocridade tem o poder de esconder a luz interior. Não culpe os outros por sua própria incompetência."


Parece muito óbvio

Perguntaram ao rabino Ben Zoma:
- Quem é sábio?
- Aquele que encontra sempre algo a aprender com os outros - disse o rabino.
- Quem é forte?
- O homem que é capaz de dominar a si mesmo.
- Quem é rico?
- O que conhece o tesouro que tem: seus dias e suas horas de vida, que podem modificar tudo que acontece a sua volta.
- Quem merece respeito?
- Quem respeita a si mesmo e ao seu próximo.
- Isto tudo são coisas óbvias - comentou um dos presentes.
- Por isso são tão difíceis de serem observadas - concluiu o rabino.

Cada vez que posto uma história, um conto, eu percebo os fios que ligam todas as religiões, e que existem muitos pontos comuns a toda elas, mas a humanidade ainda não está preparada para o ecumenismo religioso, não está preparada para o diálogo inter ou extra religioso.

Apenas desejo a PAZ e o BEM planetário.

Muita Luz pra todos.

15 de abr. de 2010

O PODER DA ALEGRIA


Quando os Budas Sorriam
Curavam as Feridas dos Corações


O riso é um poderoso agente terapêutico. Quando alguém está bem, em paz consigo mesmo, o riso transborda naturalmente, como estado de consciência, e o seu rosto se ilumina com mil brilhos.

Quando o lótus espiritual do coração se abre na divina compaixão, o resultado é uma profusão de luz e risadas maravilhosas. Contentamento é estado de consciência interno e nada tem a ver com coisas fora de si mesmo. É luz feliz brotando das pétalas do lótus e irradiando a compaixão para todos.


É isso que o mantra OM MANI PADME HUM representa!
Compaixão não é sisudez e silêncio não é isolamento do mundo.


Os Budas e Boddhisattvas riem no silêncio entre os pensamentos dos homens. E eles gostam de cantar a compaixão por entre as batidas dos corações. Eles são puros como as gotinhas de orvalho nas pétalas do lótus e o som de suas risadas sadias viaja nas dez direções, levando cura e alegria para outros corações... Eles sabem que a alegria cura e quebra as correntes do ódio, abrindo novos caminhos e regenerando vidas em inúmeros planos de manifestação. Até as estrelas gostam de escutar essas risadas curativas e brilham mais por isso. Então, elas também cantam, lá no céu, para todos os corações. (desconhecido)





“OM MANI PADME HUM!
OM MANI PADME HUM!
OM MANI PADME HUM!”
Paz Profunda!

14 de abr. de 2010

PLANETAS NA CONTRAMÃO


Exoplanetas que orbitam na contramão atropelam teorias.

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/04/2010

Exoplanetas que orbitam na contramão atropelam teorias

Ilustração dos exoplanetas que orbitam suas estrelas na direção "errada", ou em órbitas retrógradas. O último planeta, no canto inferior direito, é mostrado para ilustração, tendo uma direção orbital "normal".

Planetas que giram ao contrário

O anúncio feito hoje, da descoberta de nove novos exoplanetas, não deveria chamar muito a atenção - afinal, os planetas fora do Sistema Solar conhecidos até agora passaram a somar nada menos do que 452.

Contudo, ao cruzar os dados com observações anteriores de exoplanetas em trânsito, os astrônomos surpreenderam-se com o fato de que seis deles orbitam na direção oposta à da rotação da sua estrela hospedeira - precisamente o contrário do que se passa no nosso Sistema Solar.

Estas novas descobertas virtualmente jogam por terra as atuais teorias da formação dos planetas.

"Esta é uma verdadeira bomba que estamos lançando sobre o campo dos exoplanetas," diz Amaury Triaud, do Observatório de Genebra que, juntamente com Andrew Cameron e Didier Queloz, lidera a maior parte da campanha de observações que permitiu estas descobertas.

Teoria da formação dos planetas

A teoria atual de formação dos planetas propõe que os planetas nascem de um disco de gás e poeira que circunda uma estrela jovem.

Como esse disco protoplanetário gira na mesma direção da estrela, a teoria resultava em que os planetas formados a partir desse disco orbitariam, mais ou menos, no mesmo plano e se moveriam ao longo das suas órbitas na mesma direção que a rotação da estrela.

Esta é cara do nosso Sistema Solar. Como somente há poucos anos os cientistas começaram a descobrir planetas orbitando outras estrelas, não é de estranhar que a teoria que tentava explicar a formação de todos os planetas resulte em sistemas planetários exatamente iguais ao nosso - o único observado até então.

Planetas fora do eixo e na contramão

Depois da detecção inicial dos nove novos exoplanetas, com o instrumento WASP (Wide Angle Search for Planets), a equipe de astrônomos utilizou diversos outros aparelhos para confirmar as descobertas e caracterizar os exoplanetas em trânsito encontrados tanto neste novo rastreamento como nos anteriores.

Surpreendentemente, quando a equipe combinou os novos dados com as observações mais antigas, descobriu que mais de metade de todos os exoplanetas do tipo Júpiter quente estudados tem órbitas desalinhadas com o eixo de rotação das suas estrelas hospedeiras.

A equipe descobriu ainda que seis exoplanetas desta extensa amostragem (dos quais dois são descobertas novas) têm movimentos retrógrados: eles orbitam a sua estrela na direção "errada", ou na contramão.

"Estes novos resultados desafiam claramente o conhecimento convencional de que os planetas devem sempre orbitar na mesma direção da rotação das suas estrelas," afirma Andrew Cameron, da Universidade de St Andrews, na Inglaterra. Foi ele quem apresentou estes novos resultados no Encontro Nacional de Astronomia do Reino Unido, que está acontecendo esta semana em Glasgow.

Consertando a teoria da formação planetária

A origem dos exoplanetas do tipo Júpiter quente é um enigma desde a descoberta do primeiro deles, há cerca de 15 anos. São planetas com massa similares ou maiores do que a de Júpiter, mas que giram em alta velocidade em órbitas muito próximas da sua estrela.

Os astrônomos acreditam que os núcleos dos planetas gigantes se formam de uma mistura de partículas de rocha e gelo, material que se encontra apenas nas regiões mais frias e afastadas do sistema planetário.

Desde modo, estes exoplanetas deveriam formar-se longe da sua estrela - novamente, uma influência clara sobre a teoria do material observacional até agora disponível, ou seja, o nosso próprio Sistema Solar.

Para dar conta dos novos dados, a partir da descoberta desses exoplanetas gigantes gasosos, os astrônomos teorizaram que eles se formariam como sua teoria estabelecia e, só depois, migrariam para órbitas mais interiores, muito mais próximas da estrela hospedeira.

Eles afirmam que este fenômeno poderia ser explicado por interações gravitacionais com o disco de poeira a partir do qual os planetas se formam, em um cenário a se desenrolar ao longo de alguns milhões de anos, resultando numa órbita alinhada com o eixo de rotação da estrela hospedeira. Este cenário permitiria igualmente a formação subsequente de planetas rochosos do tipo da Terra.

Infelizmente, esta hipótese não explica as novas observações.

Consertando a teoria - Tentativa 2



Acostumados com o nosso Sistema Solar, os cientistas acreditavam, com base em sua teoria de formação planetária, que todos os planetas deveriam orbitar suas estrelas mais ou menos no mesmo plano. Vários dos exoplanetas descobertos não obedecem a esta "regra". (Imagem: ESO/L. Calçada)

Para explicar os novos exoplanetas retrógrados agora descobertos, uma teoria de migração alternativa sugere que a proximidade desse tipo de exoplaneta em relação às suas estrelas não se deve a interações com o disco de poeira, mas sim a um processo de evolução mais lento que envolve uma "luta" gravitacional com companheiros planetários ou estelares mais distantes, durante centenas de milhões de anos.

Depois que essas perturbações gravitacionais levam um exoplaneta gigante a uma órbita inclinada e alongada, este sofrerá fricções de maré, perdendo energia cada vez que a sua órbita o aproxima da estrela. Deste modo, ele ficará eventualmente "estacionado" numa órbita quase circular, mas inclinada de maneira aleatória, próximo da estrela hospedeira.

"Um efeito secundário dramático deste processo seria o de que qualquer pequeno planeta do tipo da Terra seria varrido destes sistemas," diz Didier Queloz do Observatório de Genebra. É isto que fez com que os astrônomos afirmarem que, provavelmente, estrelas que possuem gigantes gasosos em suas proximidades não teriam planetas rochosos como a Terra.

Dois dos novos exoplanetas retrógrados descobertos possuem companheiros de grande massa, mais distantes, que poderiam ser as potenciais causas do efeito agora teorizado.

Como se formam os planetas

Se é muito cedo para afirmar que a nova hipótese se estabelecerá como uma nova teoria de formação planetária, uma coisa pelo menos é certa: os astrônomos vão se dedicar ainda com mais afinco na busca de novos exoplanetas, de forma a terem uma amostra observacional que os permita novamente criar uma explicação para a pergunta que não vai parar de ser feita: como se formam os planetas?

Esta teoria alternativa de "luta gravitacional", embora não seja exaustiva e não elimine novas propostas, deverá suprir a lacuna - pelo menos até que se descubra um sistema planetário que tenha tanto um gigante gasoso quanto um planeta rochoso menor.

Observatórios robóticos

Os nove novos exoplanetas foram descobertos pelo instrumento WASP (Wide Angle Search for Planets).

O WASP tem dois observatórios robóticos, cada um com oito câmaras de grande ângulo que monitoram o céu continuamente à procura de eventos de trânsito planetário.

Um trânsito planetário ocorre quando um planeta passa à frente da sua estrela hospedeira - em relação à Terra - bloqueando temporariamente parte da radiação emitida pela estrela e que chega até nós.

As oito câmaras de grande ângulo conseguem monitorar milhões de estrelas simultaneamente, tentando detectar esses raros acontecimentos de trânsito.

Planeta em trânsito

Para confirmar a descoberta e caracterizar um novo planeta em trânsito, é necessário fazer um estudo de velocidade radial para detectar as oscilações da estrela hospedeira em torno do centro de massa comum (estrela + planeta).

Isso é feito com uma rede internacional de telescópios equipados com espectrômetros muito sensíveis. No hemisfério Norte o Nordic Optical Telescope, instalado nas ilhas Canárias, e o instrumento SOPHIE, montado no telescópio de 1,93 metro do Observatório de Haute Provence, na França lideram a busca.

No hemisfério Sul, o HARPS, montado no telescópio de 3,6 metros do ESO, e o espectrômetro CORALIE, montado no telescópio suíço EULER, ambos em La Silla, no Chile, foram utilizados para confirmar a descoberta dos novos planetas e medir o ângulo que a órbita de cada planeta faz com o equador da respectiva estrela.

Os telescópios robóticos Faulkes, situados no Havaí e Austrália, forneceram medições de brilho para a determinação do tamanho dos planetas.

Planetas gigantes gasosos

Exoplanetas do tipo Júpiter quente, também chamados gigantes gasosos, são planetas com massas similares ou maiores do que a de Júpiter, que orbitam as suas estrelas hospedeiras em órbitas muito mais próximas da estrela do que qualquer planeta do nosso Sistema Solar se encontra do Sol.

Como são grandes e estão próximos da estrela hospedeira, eles são mais fáceis de detectar através do seu efeito gravitacional sobre a estrela e, ao mesmo tempo, têm maior probabilidade de passar à frente da estrela.

A maior parte dos primeiros exoplanetas descobertos pertence a esta classe de objetos. Apenas no início de 2010 foi anunciada a descoberta do primeiro exoplaneta temperado, com temperaturas mais baixas, e que foi brindado pelos astrônomos como uma verdadeira Pedra de Roseta planetária.


Fonte:

http://gostei.abril.com.br/frame/index/exoplanetas-orbitam-estrelas-ao-contrario-e-atropelam-teoria