18 de jun. de 2010

O SORRISO DE DEUS


A grandeza de um homem depende da intensidade de suas relações com Deus. Saint-Exupéry


Havia um pequeno menino que tinha o desejo de se encontrar com Deus. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente.
Um dia encheu sua mochila com pedaços de bolo e refrigerante e saiu para brincar no parque. Quando ele andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça olhando os pássaros.

O menino sentou-se junto a ele, abriu sua mochila e ia tomar um gole de refrigerante, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então, lhe ofereceu um pedaço de bolo.

O velhinho, muito agradecido, aceitou e sorriu ao menino. Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo; então ele ofereceu-lhe seu refrigerante.

Mais uma vez, o velhinho sorriu ao menino. O menino estava tão feliz! Ficaram sentados ali sorrindo, comendo bolo e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.

Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas, antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho.

Aí, o velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face:

- O que você fez hoje que te deixou tão feliz assim?

Ele respondeu:

- Passei a tarde com Deus. Você sabia, que Ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi?

Enquanto isso, o velhinho chegou em casa com o mais radiante sorriso na face e seu filho perguntou:

- Por onde você esteve que está tão feliz?

E o velhinho respondeu:

- Comi bolo e tomei guaraná no parque, com Deus. Você sabe que Ele é bem mais jovem do que eu pensava?

A face de Deus está em todas as pessoas e coisas que são vistas com os olhos do amor e do coração!

Ainda quando escrevo, vejo aquele sorriso e as lágrimas me vêm aos olhos. Que prêmio maravilhoso! Apenas por um momento de atenção e um medicamento que fizeram toda a diferença. E, aí, olhei em direção à mãe. Ela também sorria e, ao mesmo tempo, me saudava e agradecia inclinando a cabeça.

Sabe, Deus sorriu para mim! Sim, este foi o meu sentimento, lembrando a Palavra que diz: “Quando fizer por um desses pequeninos, fazemos por Ele”. E, naquele sorriso, eu via as ofertas, as orações e as mensagens de cada pessoa que nos apóia nessa obra. Pois Deus sorri para nós quando Seu povo nos abençoa.


É isto mesmo amigos blogueiros, a conquista da Potência Mágica está destinada àqueles que se aventuram nos caminhos da Luz Divina com sabedoria e determinação.

Quando se sabe o que se quer e se deseja o que se sabe, a vitória é a coroação de nossas pretensões. O resultado final é uma total, positiva e definitiva mudança em nossas vidas. Este é um destes momentos que devemos acolher a alegria de ajudar todos aqueles que necessitam de amparo.

Paz Profunda!

17 de jun. de 2010

DESLOCAMENTO DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA


Algumas de suas conseqüências
Por Pedro Coelho 28 de janeiro de 2010

Como está sendo divulgado pela mídia e isso é real o pólo norte magnético da terra está se deslocando a uma velocidade de 64 km por ano no sentido Alaska – Rússia.
Para entender que isso é um acontecimento natural - aí vai uma explicação simplificada e de fácil entendimento:
O Sistema solar, é por analogia um átomo gigante, possui em seu núcleo central o Sol e os seus elementos atômicos os planetas, seus satélites e tudo mais que existe dentro do seu campo gravitacional.

Assim como os elementos atômicos giram ao redor do seu núcleo, formando um campo de energia unificado, a terra (e os demais planetas) também se desloca ao redor do sol – chamamos a este movimento que os planetas fazem ao redor do seu Sol de translação. Acima você vê uma imagem mostrando a proporcionalidade - somos muito pequenos em relação ao Sol.
Os elementos atômicos giram sobre si mesmo, assim também faz a nossa terra, a velocidade é reduzida graças ao nosso satélite que atua através da força gravitacional freando tal deslocamento.
Esses deslocamentos já são por nós velhos conhecidos e aprendemos isso na nossa infância.
Agora é preciso entender que o nosso sistema solar também se desloca a uma grande velocidade ao redor do seu núcleo central, ou seja, é também por similitude como um pequeno elemento atômico que gira ao redor do seu Sol central. O sistema solar leva mais de 26 mil anos para fazer tal percurso.

Essa informação já é do conhecimento de muitas pessoas e os cientistas estudam esse fato.
Para entender o que atualmente está ocorrendo com o planeta, a gente volta ao movimento de translação da terra. Quando ela se desloca ao redor do Sol ela altera a sua posição exposta as influências dos raios solares e temos alterações diferenciais de clima na terra devido a essas alternâncias de alinhamento com o Sol.
Assim também o nosso sistema solar, no seu deslocamento, sofre alterações, dependendo da sua posição no cosmo em relação ao grande centro Galáctico.
Então, de acordo com uma determinada posição da terra em relação ao sol, provocada pelo movimento de translação, nós temos um ambiente diferente no planeta aonde vivemos – as quatro estações do ano.
Já com relação ao deslocamento do sistema solar ao redor do núcleo galáctico temos as eras – que duram mais ou menos 2.160 anos e que são observados através da nossa posição (terra) e a posição dos outros sistemas (estrelas) no espaço cósmico.
Voltando a nossa similitude temos as estações do ano que são diferentes uma da outra, e temos também as eras que se diferenciam. A primeira é fácil a gente notar, pois numa só vida vivemos muitas primaveras, já as eras temos que recorrer ao passado para entender melhor como funcionam.
As eras se diferenciam uma das outras pelas alterações que vem causando no relevo terrestre, já no movimento de translação da terra ao redor do sol, o planeta sofre alterações climáticas.
As grandes alterações físicas ocorrem quando o sistema solar passa mais perto do grande Sol Central, pois ali é bombardeado por forças energéticas muito fortes, chamados de cinturão de fótons (já detectado pelos cientistas) que vão alterando os átomos (limpando), tornando suas vibrações mais rápidas. Nesta área existe mais atividade atômica.
O realinhamento do sistema solar com o Sol Central é que provoca o deslocamento do campo magnético da terra, ou seja, o Sistema Solar possui um cordão umbilical invisível que está ligado com o Sol Central da Galáxia.
Como o nosso sistema solar tem alguns bilhões de anos ele já fez muitas voltas galácticas e sofreu inúmeras alterações físicas – isso se comprova através de estudo das diversas camadas de solo que compõem a crosta terrestre.
Devido a esses diversos deslocamentos temos muitas forças gravitacionais atuando de forma diferenciada no nosso sistema solar e por tabela na astronave terra. Como também a nossa galáxia está se deslocando ao redor de um núcleo maior esses acontecimentos nunca se repetem por inteiro, ou seja, sempre temos um dia diferente do outro, mesmo parecendo igual - a nossa posição nunca se repete no espaço sideral.
Os antigos sabiam destes movimentos e criaram diversos locais para o acompanhamento das eras, daí surgiram muitas profecias baseadas nestes estudos de observação do cosmos.
Visto isto, agora você já sabe que tanto o nosso sistema solar como a nossa nave terra está sempre se deslocando, no espaço cósmico, numa incrível velocidade e sempre estará numa posição diferente dentro do universo.
Como essas situações são sempre novas elas provocam também alterações diferenciadas no nosso planeta. O causador destas alterações são os campos gravitacionais que atuam entre si – ou seja, influenciamos e somos influenciados o tempo todo pelas forças gravitacionais que atuam no universo.
Observe que a Terra não é redonda e sim achatada, pois, a força gravitacional que atua na linha do equador é maior que aquela que atua nos pólos.
A Terra não possui outro movimento de rotação sobre si mesmo de adaptabilidade para atender tais influencias externo-cósmica (alinhamento com o sol) e como o sistema solar está passando de uma era para outra neste nosso período de tempo passa a sofrer uma forte atuação gravitacional para se ajustar ao novo alinhamento cósmico, ou seja, um campo gravitacional está perdendo sua força de atuação no sistema solar e outro passa a atuar com mais intensidade.

O Sol se alinha com esta nova situação cósmica e por tabela leva o seu conteúdo, que são os planetas a uma nova posição em relação ao seu núcleo central (Sol).
A nossa vantagem é que a terra não é totalmente sólida e se torna maleável para tais movimentos graças ao seu núcleo, que é liquido permitindo que as placas tectônicas se desloquem por forças dos campos gravitacionais, que atuam com mais facilidade neste campo líquido, assim como a lua atua nas águas do mar.

Repetindo - O campo magnético do planeta está sempre se alinhando com o Sol este, por sua vez, também, sempre está se alinhando com o centro galáctico, como a agulha de uma bússola, não importa à rota, mudando o campo magnético a forma física vai se adaptar a essas novas condições gravitacionais. O manto líquido do interior da terra permite tais mudanças – ainda bem.
Agora você já sabe que as mudanças visíveis que estão ocorrendo no planeta, são causadas mais pelo deslocamento do sistema solar ao redor do núcleo galáctico e não necessariamente pelo ser humano.
Neste processo natural o relevo do nosso planeta está em constante alteração.
Visto isso, agora podemos especular sobre possíveis alterações físicas no planeta e suas conseqüências.
Linha do Equador:
É onde as forças gravitacionais atuam com maior intensidade.
A força gravitacional que atuava na linha do equador está se deslocando para outro local acompanhando o novo alinhamento solar, ou seja, a terra está dando meia volta sobre si mesma.
Devido a isso - as áreas que ficam na linha do equador poderão sofrer mudanças visíveis e é a área de maior risco. Áreas que já eram de risco devido as separações das placas tectônicas poderão se tornar ainda muitos instáveis e outros vão se estabilizar totalmente.
Pólos - Norte e Sul
Vão sofrer derretimento, ou melhor, vão aos poucos se deslocando para outra região, as atuais áreas poderão se tornar habitáveis, com climas temperados e solos férteis. O Clima fica aparentemente sem controle, pois está se readaptando a essas novas condições e regiões que antes nem chovia poderá receber grandes quantidade de chuvas e regiões ricas em diversidades poderão ficar desérticas com o decorrer do tempo.
Placas Tectônicas
Como já foi explicado, a terra está em constante movimento e as placas tectônicas também, já que elas são porções diversificas de matéria sólida, que flutuam sobre o magma incandescente existente no núcleo da terra. Esses movimentos das placas são imprevisíveis, como as nuvens do céu. As forças mais potentes que atuam sobre elas vem do núcleo incandesceste da terra. Em outras eras já houve o afundamento de grandes placas (Atlântida, Lemuria) e o surgimento de outras.
Esses grandes acontecimentos físicos são muitos difíceis de ocorrerem. São grandes ajustes planetários.
Acredito e tomara que assim seja que não vamos sofrer tais inconvenientes, pois ainda não alcançamos o nosso apogeu espiritual e se tal fato ocorrer (Tsunami Universal pelo afundamento de uma placa tectônica ) não vai ter ascensão e sim um retorno à era das trevas devido à destruição das infra-estruturas mundiais.
As grandes alterações estão ocorrendo no interior da terra com o alinhamento do campo magnético, depois vem à manifestação externa, então não é possível ter certeza de nada – tudo gira em torno de possibilidades ou palpites, o monitoramento desses acontecimentos é ainda a melhor saída para a raça humana.
Terremotos
É um acontecimento natural no nosso planeta, devido a sua formação. As placas tectônicas estão boiando em cima de uma camada líquida com milhares de graus que se movimenta o tempo todo – se tocando, causando terremotos.
Os terremotos vão continuar nos encontros entre as placas e também nos mares, pois é ai que as placas são mais frágeis e poderão surgir novas rachaduras.
Influência no Ser Humano
Assim como os pássaros e os outros animais a nossa coluna (a maioria) está alinhada com o campo magnético da terra.
Observe que já temos muitos pássaros “fora” do seu local natural antigo, temos também muitos animais perdidos aparecendo até mesmo em áreas urbanas, baleias encalhadas etc.
No ser humano esse campo magnético também atua de forma espetacular e basta observar que temos muitas pessoas perdendo, assim como os animais e pássaros, o controle de seus atos.
Esse é o nosso maior risco – atos impensados poderão levar qualquer um a cometer os maiores absurdos de sua vida. O campo magnético provoca uma série de efeitos na nossa mente.
Pessoas que estavam bem alinhadas com o antigo campo magnético da terra eram as que mandavam no mundo, devido a esse alinhamento perfeito que lhe dava maior poder. Com o deslocamento deste campo energético, novas pessoas irão ocupar esses lugares, a vantagem é que essas pessoas estarão com novas idéias e possuem uns corpos mais refinados, portanto, são mais maleáveis e sujeitos às mudanças que estarão ocorrendo.
Temos muitos trabalhadores da Luz já alinhados com o novo campo magnético, principalmente os mais jovens e os velhos que tem problemas de coluna (estavam desalinhados com o antigo campo magnético), que terão a grande oportunidade de recriar o mundo nestas novas condições.
Decadência dos Sistemas
Já é visível e vão se agravar mais ainda, na medida em que o campo magnético se desloca. Portanto, tudo o que estava de bem com o antigo campo/alinhamento de energias vai se modificar gradativamente.
O Novo
O novo não existe ainda, vamos ter que criar.
Temos aí uma grande oportunidade para recriar o que é bom e mudar transformar, ou liquidar o que a gente não gosta ou não presta.
Não espere mudanças rápidas, assim como o deslocamento é lento (foi opção da maioria), o velho mundo vai morrendo e o novo vai surgindo de forma natural e quase imperceptível.
Deixar Ir
Pelo que você leu acima já percebeu que tudo está em constante transformação, que é uma lei natural e que tem período que tais mudanças ocorrem com maior intensidade.
Estamos vivendo, no momento, este período fantástico deixar ir o velho (e isso inclui uma séria de coisas) é muito apropriado, pois, caso contrário, é o mesmo que remar rio acima. (Pedro Coelho)

Recebi este email e achei interessante postar aqui em nosso espaço, até porque tem informnações importantes. Paz Profunda!


Fonte :
http://www.luzdegaia.org

16 de jun. de 2010

OPORTUNIDADE SOB SEUS PÉS


Houve um homem chamado Ali Hafed, no Irã. Era fazendeiro e, estava contente com sua situação. Sua fazenda era excelente e rendosa. Tinha esposa e filhos. Criava carneiros, camelos e plantava trigo.

"Se um homem tem esposa, filhos, camelos, saúde e paz de Deus", dizia ele, é um homem rico!"

Ali Hafed continuou rico até que, certo dia, um sacerdote veio visitá-lo e começou a falar em diamantes.

E o sacerdote comentou: "Eles cintilam como um milhão de sóis, na verdade, a coisa mais linda do mundo."

De repente, Ali Hafed passou a sentir-se que o que tinha era pouco. E começou a ficar descontente com o que possuía. Perguntou ao sacerdote:

"Onde se podem encontrar esse diamantes? Preciso possuí-los."

O sacerdote respondeu: "Dizem que é possível achá-los em qualquer parte do mundo. Procure um riacho de águas transparentes correndo sobre a areia branca, em região montanhosa, e ali você achará diamantes."

Ali Hafed, então tomou uma decisão, vendeu a fazenda, confiou esposa e filhos aos cuidados de um vizinho, e se lançou em sua jornada à procura de diamantes."

Viajou pela Palestina, depois ao longo do vale do Nilo, até que afinal, encontrou-se junto ás colunas de Hércules, entrando a seguir na Espanha.

Estava alquebrado, sem recursos, e sem condições de comunicar-se com a família. Num acesso de desespero, profundamente deprimido, lançou-se ao mar
e morreu. Nesse ínterim, o homem que adquiriu a fazenda de Ali Hafed achou uma curiosa pedra negra, enquanto seu camelo matava a sede num riacho da
propriedade.Levou a pedra para casa, colocou-a sobre a lareira e esqueceu-se dela.

Um dia apareceu o sacerdote, outra vez. Olhou acidentalmente para a pedra negra e notou um lampejo colorido brotando de um ponto de onde saíra uma lasca. E disse ao fazendeiro:

" Um diamante! Onde a achou?"
" Encontrei-o nas frias areias do riacho de águas claras onde levo meu camelo para beber", disse o fazendeiro. Juntos, arrebanhando as túnicas e correndo tão
depressa quanto permitiam as sandálias, dispararam rumo ao riacho. Começaram a cavar e acharam mais diamantes! Esse achado se transformou na Mina de
Diamantes Golconda - a maior mina do mundo!

A mina de Golconda é de onde veio o diamante Koh-i-Noor, que faz parte das jóias da coroa da Inglaterra, e de onde veio, também, o diamante Orloff, que faz parte das jóias da coroa da Rússia.

A lição é clara. Os diamantes lá estavam, o tempo todo, no quintal de Ali Hafed. Só que ele não os vira. E, por isso, gastara a vida numa busca inútil!

Caros amigos, estas fábulas sempre nos leva a reflexões pertinentes a nossa vida. Seja qual for a situação em que se encontre, há diamantes esperando por ser encontrados. E muitas vezes está mais perto do que você imagina. É praticamente uma lei na vida que quando uma porta se fecha para nós, outra se abre. A dificuldade está em que, freqüentemente, ficamos olhando com tanto pesar a porta fechada, que não vemos aquela que abriu."

Paz Profunda!


14 de jun. de 2010

PROVA CIENTÍFICA DA EXISTÊNCIA DE DEUS




Gente eu encontrei este livro na internet, e achei interessante postar aqui, para ler e reler acerca destes assuntos que muito inteerssa a todos.
Paz Profunda!

Fonte: http://www.slideshare.net/Naspereira/a-prova-cientfica-da-existncia-de-deus

10 de jun. de 2010

O MUNDO DAS IDÉIAS DE PLATÃO


O mundo das Idéias de Platão é um mundo transcendente, de existência autônoma, acima do mundo sensível. As Idéias são formas puras, modelos perfeitos eternos e imutáveis, paradigmas. O que pertence ao mundo dos sentidos muda o tempo todo, se corrói e se desintegra com a ação do tempo. Mas tudo o que percebemos, todos os itens são formados a partir das Idéias, constituindo cópias imperfeitas desses modelos espirituais. Só podemos atingir a realidade das Idéias, na medida em que pelo processo dialético, nossa mente se afasta do mundo concreto, atravessando com a alma sucessivos graus de abstração, usando sistematicamente o discurso para se chegar à essência do mundo. A dialética em Platão é o principal instrumento de busca da verdade. Platão tirou da filosofia de Parmênides a noção da imutabilidade do Ser e de Heráclito a certeza de que o mundo sensível está em perpétuo estado de fluxo, sendo impossível conhecê-lo, e chegou a uma síntese desenvolida na teoria das Formas.

Uma analogia pode ser feita para compreendermos a teoria do Mundo das Formas (eidos) ou Idéias de Platão - o mundo inteligível que existe a parte da realidade sensível e é imutável. Imagine que o universo é o monitor do seu computador. As sucessivas imagens que passam pela tela são as múltiplas realidades cotidinas dos sentidos: explosões que vêm e vão, dando lugar logo a outras. Mas o monitor em si não muda: a realidade dele é constituída solidamente. Antes, ele engloba todas as realidade possíveis do mundo dos sentidos. Os fótons se acendem e apagam dentro dessa totalidade, como as imagens que os sentidos nos mostram. Mas, só com a inteligência podemos abordar essa realidade e chegar ao conhecimento, já que, para a metafísica clássica através do pensamento podemos chegar a realidade auto-consistentes. É por isso que uma frase de Platão acerca do tempo pode ser citada para ilustrar este argumento: “O tempo é a imagem móvel da eternidade”. Assim, em Platão temos um Realismo das Idéias, pois estas existem de forma perene independente do sujeito que conhece, e este só conhece na medida em que consegue contemplá-las com a luz interior da razão.

A IDÉIA de Platão é, portanto, a unidade dentro da multiplicidade. Para conhecer esta unidade é preciso que a inteligência confronte as opiniões contrárias e aparentemente contraditórias, até chegar a uma essência que supere o mero grau de opinião (doxa) e possibilite a ciência (episteme). O método dialético é este confronto e a essência é a Idéia, ou forma. A palavra “dialética” é da mesma família de “diálogo” e o formato escrito da obra de Platão mostra a sua importância dentro da doutrina. Através dos diálogos, exercia-se a dialética. Esta era um “jogo” presente em toda a sociedade ateniense, mas Sócrates quem a elevou a um grau único como o melhor método para conhecer a verdade, ou a Idéia.

O pensamento de Platão dialogava com antigas tradições já existentes, como algumas orientais e egípcias, coadunante com sua teoria de metempsicose, por exemplo. Ele acreditava numa alma imortal, que já existia no mundo das Idéias antes de habitar nosso corpo. O diálogo que melhor demonstra isso é o Fédon. Assim que passa a habitá-lo, a alma se esquece das Idéias perfeitas. Então o mundo se apresenta a partir de uma vaga lembrança. A alma quer voltar para o mundo das Idéias e por isso o conhecimento está ligado à lembrança. No diálogo Mênon, Sócrates mostra que um escravo (considerado inferior naquela época) podia ter um intrincado conhecimento abstrato de matemática, pois sua alma já possuía o conhecimento que Sócrates, porta-voz da Academia de Platão, ia trazer à luz através do seu jogo de perguntas e respostas. Conhecer, em Platão, é portanto, lembrar. Um dos primeiros críticos de toda essa teoria de Platão foi um de seus alunos da Academia, Aristóteles, que desenvolve uma metafísica opositora à metafísica de Platão.

O Mito da Caverna de Platão

Alegoria da caverna de Platão


Alegoria da caverna de Platão

Igualmente conhecida na República é a alegoria da caverna, que ilustra como percebemos apenas parte do mundo, reduzindo-o. O termo "Alegoria" é mais adequado que "Mito da Caverna". Embora Platão use do mito em outras partes de seus escritos, no livro VII da República, onde está contada a história, a intenção é usar de uma alegoria para ilustrar um movimento de dificil compreensão, que é a libertação dos grilhões que aprisionam o homem possibilitada pela prática da verdadeira filosofia.

Na conjetura de Platão, um pequeno grupo de pessoas vive acorrentada numa caverna desde que nasceu, de costas para a entrada. Elas vêem refletida na parede da caverna as sombras do mundo real, pois há uma fogueira queimando além de um muro, depois da entrada. Elas acham que as sombras são tudo o que existe. Um dos habitantes se livra das amarras. Fora da caverna, primeiro ele se acostuma com a luz, depois vê a beleza e a vastidão do mundo, com suas cores e contornos. Ao voltar para a caverna para libertar seus companheiros, acaba sendo assassinado, pois não acreditam nele. A alegoria ilustra o Mundo das Idéias, quem liberta sua alma é o filósofo, através da ascese, vai contemplando as Idéias sucessivamente, até chegar ao Sol, que representa a Suma Idéia do Bem. Todas as coisas estão bem dispostas no mundo, que acontece de forma geometrizável e com propósito. O homem é como um escravo dos deuses e daimons, e pouca chance tem de libertar-se, a não ser com a filosofia, cumprindo a vontade deles, através da vida virtuosa correta. O homem é como um animal de rebanho dos deuses e por isso o suicídio é condenado, como fala Platão, por exemplo no Eutífron, da mesma maneira que um pastor não gosta que suas ovelhas se desgarrem.

A República de Platão mostra o que acontece quando o filósofo que se liberta não é apedrejado e desacreditado pelos demais, como ocorreu com Sócrates, mas, antes torna-se Rei e passa a legislar. Na República, depois de estudar a filosofia, aqueles que forem considerados aptos irão testar seus conhecimentos no mundo real, onde experimentarão os dissabores da vida, ganhando comida conforma o trabalho, experimentando a crua realidade. Aos cinqüenta anos, os que sobreviveram tornarão-se os governantes do Estado ideal de Platão.

Todos terão oportunidades iguais, mas na eliminação serão designados para classes diferentes. Os filósofos-reis não terão nenhum privilégio, tendo só os bens necessários, serão vegetarianos e dormirão no mesmo lugar. A procriação será para fins eugênicos, o sexo não será apenas por prazer. Haverá defensores contra inimigos externos, os guardiões, homens fortes, dedicados à comunidade. Não haverá diferença de oportunidade entre o sexo, sendo cada um designado a fazer uma tarefa de acordo com a sua capacidade.

Os pensamentos políticos de Platão continuaram seu desenvolvimento através dos seus sucessores, com larga influência na tradição oriental e ocidental. Hoje recebemos noções políticas como “democracia”, mas para entender o que gerou a teoria do Estado, é preciso ler os clássicos, e estes remetem à “Politéia” (República) como uma fonte primorida.

Um dos temas do nosso filósofo Platão é o da renuncia do individuo em prol da comunidade, impondo inúmeras condições para a vida. Ele atenta para um problema muito preocupante em nossos dias: a superpopulação. Os homens só poderiam se reproduzir entre os trinta e quarenta e cinco anos, e as mulheres entre os vinte e quarenta anos. Também a legislação de Esparta, que muito inspirou Platão, e a proposta de Aristóteles na Política levam em conta este aspecto. Assim, resumidamente seria o Estado ideal, justo.

O próprio Platão fala de dificuldade em se fazem um empreendimento dessa natureza. O rei de Siracusa ofereceu à ele terras onde poderia experimentar sua República, e ele aceitou, mas o rei ficou sabendo que quem iria governar eram os filósofos e mudou de idéia. Platão experimentou muitos dissabores na corte de Siracusa, a qual voltou depois, conforme conta na sua carta VII e Plutarco conta em sua Vida de Díon. (Miguel Duclós).


Platão, nasceu em Atenas (427 - 347 aC) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles. Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas, entre eles a ética, a política, a metafísica e a teoria do conhecimento.
A sofisticação de Platão como escritor é especialmente evidente em seus diálogos socráticos; trinta e cinco diálogos e treze cartas são creditadas tradicionalmente a ele, embora os estudiosos modernos tenham colocado em dúvida a autenticidade de pelo menos algumas destas obras.

Estas obras também foram publicadas em diversas épocas, e das mais variadas maneiras, o que levou a diferentes convenções no que diz respeito à nomenclatura e referenciação dos textos.
Embora não exista qualquer dúvida de Platão lecionou na Academia fundada por ele, a função pedagógica de seus diálogos - se é que alguma existia - não é conhecida com certeza. Os diálogos, desde a época do próprio Platão, eram usados como ferramenta de ensino nos tópicos mais variados, como filosofia, lógica, retórica, matemática, entre outros.

Fonte:
http://www.consciencia.org/platao.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o

9 de jun. de 2010

NÃO HÁ GUIA...


Não podeis depender de ninguém. Não há guia, não há instrutor, não há autoridade. Só existe vós, vossas relações com outros e com o mundo, e nada mais. Quando se percebe esse fato, ou ele produz um grande desespero, causador de pessimismo e amargura; ou, enfrentando o fato de que vós e ninguém mais sois o responsável pelo mundo e por vós mesmo, pelo que pensais, pelo que sentis, pela maneira como agis, desaparece de todo a autocompaixão. Normalmente, gostamos de culpar os outros, o que é uma forma de autocompaixão. (Krishnamurti)

"A lição sabemos de cor, só nos resta aprender"
Muito profunda esta mensagem de Krishnamurti, é só aprender.
Paz profunda!


8 de jun. de 2010

O TELEGRAMA ESPIRITUAL


(Do Livro Autobiografia de um Iogue)

Aos 33 anos, Láhiri Mahásaya viu cumprir-se o designio para o qual se reencarnara na terra. Encontrou seu grande guru, Bábaji, perto de Ranikhet, no Himalaya e foi por ele iniciado em Kriya Yoga.O rio celestial de Kriya Yoga começou a fluir das secretas fortalezas do Himalaia para as ressequidas moradas dos homens.

(Nota: Láhiri Mahásaya era funcionário do Departamento de Engenharia Militar do governo inglês em Danapur e recebeu um telegrama da matriz com inesperada transferência para Ranikhet, no Himalaia, distante 800 quilômetros, onde era instalada nova base militar. )

"Meu trabalho burocrático não era absorvente; eu podia passar horas perambulando pelas montanhas.

Durante um passeio a esmo nas primeiras horas da tarde, fiquei assombrado ao ouvir uma voz longínqua chamar pelo meu nome.

Continuei com vivacidade e vigor, minha ascensão ao Monte Drongiri.

Cheguei por fim, a uma pequena clareira, em cujos limites se abria uma pequena fileira de cavernas. Num dos bordos rochosos encontrava-se um rapaz sorridente, com a mão estendida para cima, em gesto de boas-vindas. Notei com espanto que, excetuando seu cabelo cor de cobre, ele mostrava notável semelhança comigo.

-Láhiri, voce chegou!

- O santo dirigia-se a mim afetuosamente em hindi.

- Descanse aqui, nesta caverna. Fui eu quem o chamou.

-Entrei na pequena gruta limpa, contendo diversas mantas de lã e algumas escudelas para água.

- Láhiri, lembra-se deste assento? O iogue apontou para um cobertor dobrado no canto da gruta.

- Não, senhor. - Algo confuso pela estranheza de minha aventura, acrescentei: - Devo ir-me agora, antes do crepúsculo. Tenho o que fazer pela manhã no escritório.

O misterioso santo respondeu em inglês: - O escritório foi trazido para voce e não voce para o escritório.

Emudeci, aturdido por este asceta da floresta não só falar inglês mas também parafresear as palavras de Cristo.

-Vejo que meu telegrama surtiu efeito.

- O comentário do iogue era incompreensível para mim; indaguei o que significava.

- Refiro-me ao telegrama que o trouxe a estas regiões isoladas. Fui eu quem silenciosamente sugeriu à mente de seu chefe esta transferência para Ranikhet. Quando alguém sente a sua unidade com os homens, todas as mentes se convertem em estações transmissoras, através das quais se é possível operar à vontade.



- Ele acrescentou: Láhiri, esta caverna lhe parece familiar, não é?

Enquanto eu permanecia em desnorteado silêncio, o santo aproximou-se e delicadamente golpeou minha testa. Sob esse toque mágico, uma corrente maravilhosa atravessou-me o cérebro, revivendo as doces recordações latentes de minha vida anterior.

- Recordo-me! Minha voz se afogava em soluços de alegria. - O senhor é meu guru Bábaji, que sempre me pertenceu!

Enquanto inefáveis reminiscências me subjugavam, eu, em lágrimas, abraçava os pés de meu mestre.

- Durante mais de tres décadas esperei que voce regressasse a mim!

A voz de Bábaji vibrava de amor celestial.

-Voce deslizou para longe, desaparecendo nas ondas tumultuosas da vida-pós morte. Mas embora voce me perdesse de vista, eu nunca o perdi! Através da escuridão, tempestades, marés e luz eu o segui, como ave materna escoltando o seu filhote. Quando sob a forma de um menino, voce chegou ao término de sua existência intra-uterina, e nasceu para este mundo, meu olhar o acompanhava ainda, sempre.

Quando, em sua infância, voce cobriu com as areias seu diminuto corpo em posição de lotus, eu estava invisível, mas presente. Mes após mes, ano após ano, cheio de paciência zelei por voce, aguardando este dia perfeito. Agora voce está aqui comigo!



- Meu guru, que posso dizer? Onde alguém já soube de semelhante amor imperecível? Extasiado contemplei longamente meu perpétuo tesouro, meu guru na vida e na morte.

- Láhiri, voce necessita de purificação. Beba o óleo desta escudela e deite-se à margem do rio.

Pensei com rápido sorriso de reminiscência, que a sabedoria prática de Bábaji se adiantava sempre, como mastro de proa.

Obedeci às instruções. Embora a fria noite do Himalaia viesse descendo, uma quentura, uma radiação confortadora, começou a pulsar dentro de mim. Maravilhei-me.

Estaria o óleo desconhecido impregnado de calor cósmico?

Muitas horas passaram rapidamente; memórias desvanecidas de uma existência anterior entrelaçavam-se ao atual e brilhante paradigma de reunião com meu divino guru.

Minhas solitárias cismas foram interropidas pelo som de pisadas que se aproximavam. Na treva, gentilmente, a mão de um homem me ajudou a levantar e deu-me alguma roupa seca.

-Venha irmão - disse meu companheiro. - O mestre o espera.

Ao chegar a uma volta do caminho, a noite sombria foi repentinamente iluminada por um esplendor estável na distância.

Será o nascer do sol? - perguntei. - Uma noite inteira já se passou?

- É meia noite. - Meu guia riu suavemente.

- Aquela luminosidade é a cintilação de um palácio de ouro, materializado aqui, esta noite, pelo incomparável Bábaji.

No obscuro passado, voce uma vez expressou o desejo de desfrutar as belezas de um palácio. Nosso mestre está agora satisfazendo esse desejo seu e livrando-o assim do último laço de seu carma. O magnifíco palácio será o cenário de sua iniciação esta noite, em Kriya Yoga. Todos os seus irmãos aqui, se reunem num hino de júbilo pelo fim de seu exílio. Contemple-o!

Erguia-se diante de nós, um vasto palácio de ouro rutilante. Com adornos de incontáveis jóias, situado entre jardins paisagísticos, refletidos em lagoas tranquilas - um espetáculo de beleza ímpar!

Segui meu companheiro até um espaçoso vestíbulo de recepção. Aroma de incenso e rosas flutuava no ar; lâmpadas veladas esparziam um brilho multicolorido. Pequenos grupos de devoltos, alguns de pele clara, outros de epiderme escura, cantavam ou sentavam em silêncio, imersos em íntima paz. Uma alegria vibrante impregnava a atmosfera.

- Olhe e regale-se; desfrute os esplendores artísticos do palácio, pois foi criado exclusivamente em sua honra - comentou meu guia, sorrindo com simpatia às minhas exclamações de assombro.

Irmão - disse eu, a beleza desta estrutura ultrapassa os limites da imaginação humana. Por favor, explique-me o mistério de sua origem.

Os negros olhos de meu companheiro brilhavam de sabedoria.

- Nada existe de inexplicavel acerca desta materialização. O cosmo inteiro é uma projeção do pensamento do Criador. Este pesado torrão de terra, flutuando no espaço, é um sonho de Deus.




Ele extraiu de Sua mente todas as coisas, assim como o homem, durante o sonho, reproduz e infunde vida a um mundo povoado de criaturas. Primeiramente, o Senhor criou a terra no plano da idéia. Insuflou-lhe vida; a energia atômica e depois a matéria passaram a existir. Ele coordenou os átomos da terra de modo a formar uma esfera sólida. A vontade de Deus mantém a coesão de todas as moléculas. Quando Ele retirar Sua vontade, todos os átomos da terra se transformarão em energia. A energia atômica regressará à sua fonte: a Consciência.

A idéia "terra"não mais terá existência objetiva.

A substância de um sonho se mantém materializada graças ao pensamento subsconsciente do sonhador. Quando este pensamento coesivo se retira, porque o homem despertou,o sonho e seus elementos se dissolvem. Um homem dorme e erige uma criação-de sonho que ele desmaterializa sem esforço ao despertar. Imita o exemplo arquetípico de Deus. Assim também, quando acorda para a Consciência Cósmica, ele desmaterializa sem esforço a ilusão que é o universo, sonho-cósmico.

Sintonizado com a infinita Vontade onipotente, Bábaji pode ordenar aos átomos elementares que se combinem e assumam qualquer forma.

Este palácio de ouro, instantaneamente criado, é real - no mesmo sentido em que o nosso planeta é real. Bábaji tirou de sua própria mente esta bela mansão e está mantendo unidos os átomos pelo poder de sua vontade, assim como o pensamento de Deus criou o nosso planeta e Sua vontade o mantém. Quando esta estrutura tiver servido a seu objetivo, Bábaji a desmaterializará.



Quem quer que alcance a consciência e a experiência de filho de Deus, como Bábaji, pode atingir qualquer objetivo com os infinitos poderes dentro de si. Uma pedra contém secretas e estupendas energias atômicas; assim também o mais ínfimo dos mortais é uma central elétrica de divindade.

Nosso grande guru criou este palácio, solidificando miríades de raios cósmicos livres.

Apalpe este vaso e seus diamantes; eles suportam com êxito qualquer teste da experiência sensorial.

Examinei o vaso. Suas jóias eram dignas da coleção de um rei. Deslizei minhas mãos pelas paredes da sala, espessas de ouro reluzente. Grande satisfação mental empolgou-me.

Um desejo, oculto em minha subconsciência desde vidas pretéritas, parecia, simultaneamente, saciar-se e extinguir-se.

Meu sábio companheiro guiou-me, através de arcos e corredores ornamentados, até uma série de câmaras ricamente mobiliadas em estilo de palácio imperial. Penetramos num salão imenso. No centro achava-se um trono de ouro, incrustrado de jóias que emitiam faiscante mistura de cores. Ali, em posição de lótus, sentava-se o supremo Bábaji.



Ajoelhei-me a seus pés, no soalho lustroso.

- Láhiri, voce ainda se regala com seu desejado palácio de ouro?

Os olhos de meu guru cintilavam como suas próprias safiras.

- Acorde! Todos os seus anseios terrenos estão a ponto de extinguir-se para sempre!.

Ele murmurou algumas palavras místicas de benção.

- Levante-se meu filho. Receba sua iniciação no reino de Deus, por meio de Kriya Yoga.

Bábaji estendeu a mão, um fogo de homa (sacrifício) surgiu, cercado de flores e frutas.

Recebi a libertária técnica de ioga em frente a este altar flamejante.

O ritual acabou ao despontar a aurora. Em meu estado de êxtase, não sentia necessidade de dormir.
Vaguei pelas salas do palácio, repleto de tesouros e de requintados objetos de arte, e visitei os jardins.



Entrando de novo no palácio, busquei a presença de meu mestre. Ele ainda achava-se sentado no trono, rodeado de muitos discípulos quietos.

- Láhiri, voce está com fome. Feche os olhos.

Quando os reabri, o palácio encantado e seus jardins haviam desaparecido. Os corpos de Bábaji e de seus discípulos, e o meu próprio, encontravam-se agora todos sentados na terra nua, no lugar exato do palácio esvanecido, não muito longe das aberturas ensolaradas das grutas rochosas.

- O palácio já serviu ao propósito para o qual foi criado. E ergueu do chão um recipiente de barro. - Ponha sua mão aqui e receberá o alimento que desejar.

Toquei a tigela; surgiram pães quentes fritos em manteiga, caril e frustas cristalizadas.

Ao come-los, notei que a tigela continuava sempre cheia. No fim da refeição, olhei em volta, procurando água.
Meu guru apontou para a tigela diante de mim. O alimento sumira; em seu lugar havia água.

- Poucos sabem que o reino de Deus inclui o reino das satisfações mundanas. - observou Bábaji - O reino divino estende-se ao terrestre, mas este, ilusório por natureza, não contém a essência da Realidade.

Bem amado guru, ontem à noite, recebi a prova do vínculo de beleza entre o céu e a terra!

Sorri à recordação do palácio desaparecido. "



Amigos blogueiros alguns livros tocam a alma, e desperta o espírito para a "consciência si", este livro mudou minha vida e fez uma revolução espiritual. Eu estava navegando na net, quando me deparei com este texto. no site "Almas Divinas" e pedi permissão a proprietária do site para publicar alguns textos aqui em meu espaço. Este texto emociona a alma e desperta o espírito.
Paz Profunda!



Fonte: Yogananda Paramahansa. Autobiografia de um Yogue. Tradução: Antônio Olinto, Lúcia Sweet Lima e Luiz Carlos Lisboa. Lótus do Saber Editora. Teresópolis.RJ

http://www.almasdivinas.com.br/vida/grande_encontro.htm


6 de jun. de 2010

RITUAL DE PASSAGEM


Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.

O filho se senta sozinho no topo de uma montanha durante toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não pode gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem.


Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado...

Ele pode ouvir toda espécie de barulho... Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem vir picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede. O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele não remove a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.

Finalmente.....

Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.

Nós também nunca estamos sozinhos!

Mesmo quando não percebemos, Deus está olhando para nós, 'sentado ao nosso lado'. Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo.

Moral da história:

Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele não esteja conosco. Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material.

Se você gostou desta história, repasse-a. E evite tirar a sua venda antes do amanhecer...

Paz Profunda!




Fonte: Don Miguel Ruiz. Os Quatro Compromissos: O livro da Filosofia Tolteca. Editora Best Seller.

  • Viagem a Ixtlan (Journey to Ixtlan: The Lessons of Don Juan - 1972) - Esse livro foi a tese de PhD de Castaneda na UCLA em 1973 com o título: "Sorcery: A Description of the World"
  • Porta Para o Infinito (Tales of Power - 1975)
  • O Segundo Círculo do Poder (The Second Ring of Power - 1977)

2 de jun. de 2010

A SANTA DÚVIDA


"Se você quer manter sua mente limpa,

não crie dúvidas sobre si mesmo,

nem sobre os outros.

Aja como um guerreiro

que avança com determinação

no campo de batalha

para destruir as negatividades,

usando a espada dos pensamentos positivos

e dos bons sentimentos para todos.

Quando você mantêm em sua mente

apenas o que é limpo,

você deixa o passado para trás

e encara o futuro com confiança total."

Brahma Kumaris



A MORTE DE UMA XÌCARA DE CHÁ



Era uma vez um grande mestre do Zen, uma escola de ensinamentos do Buda que tem uma maneira muito realista de encarar as coisas da vida. Esse grande mestre chamava-se Ikkyu. Desde pequeno mostrava grande inteligência e sempre encontrava uma maneira de resolver seus problemas.

Um dia, o menino estava brincando e deixou cair uma xícara de chá, que foi ao chão e se despedaçou. Acontece que a xícara pertencia ao mestre de Ikkyu. Era muito antiga e preciosa, e o mestre do menino a estimava muito. Preocupado com o acidente, Ikkyu ouviu o mestre chegar e, muito depressa, escondeu os pedaços da xícara atrás das costas. Quando o mestre apareceu, Ikkyu perguntou:

- Por que as pessoas morrem?

- É algo natural - respondeu o mestre.
- Tudo tem um tempo de vida e depois morre.

Depois dessas palavras do mestre, Ikkyu lhe mostrou os pedaços da xícara quebrada.


Referência bibliográfica:

Chodzin Sherab, Kohn Alexandra e Cameron Marie. Contos Budistas. Tradutora: Manica Stahel. Editora Martins Fontes, São Paulo, 2003.