9 de mai. de 2011

Para ler, refletir e servir de alerta.


Queridos companheiros e irmãos em Cristo!

Com o beneplácito dos Espíritos Superiores pela oportunidade a mim concedida, extremamente jubiloso, agradeço ao Pai a oportunidade de servir à Causa Espírita.

Na condição de médico desencarnado — o que, por si só, não significa muita coisa, uma vez que, via de regra, os diplomas terrenos são perfeitamente dispensáveis do lado de cá —, solicitam-me os companheiros encarnados, e com frequência, a “intervenção cirúrgica”, através das chamadas cirurgias espirituais.

Concordo que cada ser humano tem o direito sagrado de buscar alívio para suas dores; digo-lhes, ainda, que é de bom grado que nós, os Espíritos — dentro de nossas naturais limitações —, através deste ou daquele médium, tentemos reverter situações de extremo sofrimento. Evidente que, nesse tentame, não desprezamos fatores relevantes, tais como, o carma, os méritos e os deméritos de cada um.

Quando ainda no corpo físico, no auge da juventude ou quando já havia sido “alcançado” pela caducidade, nunca fui homem de meias palavras. Hoje, sem corpo, porém com a mesma personalidade, não posso faltar-lhes com a verdade que desta “altura evolutiva” consigo vislumbrar. Em grande parte, para não dizer na maioria das vezes, em que tentamos auxiliar os irmãos encarnados, nossas tentativas terminam em frustração, deixando-nos com a sensação de fracasso.

Os queridos companheiros poderão indagar: Porque isso ocorre? Eu responderei, formulando algumas indagações, a título de reflexão.

Como poderemos auxiliar vocês, os encarnados, a obter saúde espiritual, emocional e física, se, via de regra, armazenam mágoas, ódio, desejos de vingança e descrença dentro de si?

Como podemos ajudar no equilíbrio dos centros de força do perispirito, se muitos indivíduos preferem se entregar as paixões desequilibradas e a vícios de toda a ordem?

Como afastarmos o algoz desencarnado, se o que o “alimenta” e o retém junto à “vítima” é a matéria mental tóxica “exalada” pelo próprio encarnado?

Como cindirmos a obsessão transformada em vampirismo, se aquele que sofre a pressão psíquica não deseja extirpar de si mesmo o egoísmo e o orgulho, cultivados há milênios?

Como nós, Espíritos Amigos podemos protegê-los, se optam diariamente por exaurir as próprias energias naquilo que nada constrói ao mesmo tempo em que o esforço pela evolução espiritual tem sido exíguo?

Por fim, como podemos auxiliar na cura dos indivíduos que, no íntimo, desejam permanecer doentes?

Em verdade, para que o homem adquira saúde permanente e paz duradoura, deverá realizar um exame profundo de si mesmo, despertando para a necessidade de se autoeducar, através da mudança de hábitos. E é somente educando emoções e o pensamento que se adquirirá saúde espiritual, emocional e, consequentemente, física.

Diante dessa audaciosa proposta de mudar hábitos, uma das mais urgentes medidas a ser tomada é a de rever o conceito sobre o “real” significado e a aplicação, na vida cotidiana, de determinadas palavras, tais como: convivência, alteridade, afeto, equipe, indulgência e amor.

Caso os companheiros indaguem o que essas palavras tem a ver com saúde, responderei de maneira enfática: o abraço sincero de alguém decidido a perdoar; o sorriso espontâneo de alguém que prefere enxergar apenas o lado bom da vida; a indulgência e a benevolência na avaliação da vida alheia, e a afabilidade no trato com aqueles corações mais difíceis são, todas elas, atitudes que tem curado mais enfermidades que os “bisturis” dos médicos desencarnados que se propuseram a este trabalho...

...Continuando:

O autor espiritual deste livro o Espírito José Lázaro nos diz que necessitamos de CONTATO IMEDIATO, sabemos que esse contato a que se refere o autor não se trata de um contato com extraterrestres. Trata-se, sim, de necessidade urgente dos irmãos que militam no corpo físico estabelecerem:

— contato compreensivo com aqueles que pensam diferente;

— contato indulgente com aquele que o ofendeu num momento de raiva;

— contato tranquilo com aqueles que são menos pacientes.

Quanto ao trabalho no Movimento Espírita, em meio a tantas inimizades e intolerância em relação aos irmãos de ideal, lembremos que o essencial não é método aplicado, pôr e tirar macas da sala de reuniões de desobsessão; não é saber se o amigo se o amigo espiritual que auxilia o grupo foi, na encarnação passada, médico, engenheiro ou escravo, mas, sim diminuir a dor alheia, amenizando o sofrimento do próximo. O essencial então, é colocar-se como o “cireneu”, ajudando os irmãos de caminhada a carregar a “cruz” que lhes pertence ou, ainda, situar-se como o bom samaritano, estendendo as mãos para aqueles que estão “caídos” à beira do caminho.

O resto, meus filhos, é irrelevante, coisas do personalismo humano...

O que vale é o amor que se semeia. A cissura entre os semelhantes atrasa a evolução pessoal, enquanto o esforço para congregar corações coopera para o crescimento de todos. Nos trabalhos da Casa Espírita, não nos preocupemos tanto em acervar conhecimentos, mas principalmente, em cativar amigos.

Quando falamos em Movimento Espírita, informamos aos menos avisados que muitas situações modificar-se-ão pela força natural da evolução. Assim:

— o líder de fibra moral que “arrasta” o grupo será substituído pelo líder espontâneo que inspira o grupo;

— os grupos onde apenas alguns tem direito de trabalhar cederão espaço às equipes homogêneas, em que todos, sem exclusão, darão sua cota de contribuição;

— o dirigente de “reina” absoluto nos domínios do Centro, perderá sua “coroa” para o facilitador amável;

— o tradicional cederá espaço para o que é urgente;

— o aplauso ao exímio orador será substituído pelo aplauso a Jesus, único realmente merecedor de homenagens.

Portanto, discutamos menos e trabalhemos mais. O sofrimento campeia em toda a parte e não se pode perder tempo com questões irrelevantes.

Nesse período em que a boa convivência e a fraternidade são caminhos seguros para se chegar ao Amor Incondicional, fica aqui registrado o meu desejo de que essa obra literária, este alerta, possa contribuir para o melhoramento de cada um.

Dr. Klaus.

Prefácio retirado do livro CONTATO IMEDIATO, psicografia de Agnaldo Paviani, pelo espírito de José Lázaro, editora Sintonia.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Bom para refletir.
Beijo
Martha