7 de fev. de 2015

NIETZSCHE É LOUCO?

 




Nietzsche estava andando pelo centro da cidade, quando de repente vê uma cena que lhe faz uma pausa: Um cocheiro chicoteava impiedosamente um cavalo, que não podia lidar com o enorme peso que o seu proprietário tinha colocado na carroça.
O pobre animal não podia aguentar a pesada carga, e o cocheiro longe de compadecer continuava chicoteando o pobre animal.
É quando algo acontece na mente já frágil de Nietzsche. Como um possesso se lança sobre o pescoço do cavalo e, clama por misericórdia para os animais, e assim, evita que o cocheiro continue punindo o animal.
Este fato considerou-o louco, mas é a sociedade insensível que vive na cegueira, adormecida conscientemente. Eu posso até errar, mas creio que a sociedade está doente. Eu acredito no super-homem de Nietzsche, sempre amei a firmeza filosófica e filológica dele. Tudo está além do bem e do mal.



Na verdade quem é o louco?

O mínimo é perguntar-se:

E nós por onde estamos andando!?

Somos burros de cargas pesadas?

Quem é o cocheiro impiedoso?

Que vai lutar pelos nossos direitos?



__/\__ Bom dia flor do dia!

4 de fev. de 2015

HISTÓRIA DE BUDA PARA CRIANÇAS


A HISTÓRIA DE BUDA


"Essencialmente todos os seres vivos são Budas, dotados de sabedoria e virtude, mas como a mente humana se inverteu através do pensamento ilusório, não o conseguem perceber."
- Siddhārtha Gautama -

Buda nasceu em uma família real, em 624 a.c., na India, e seu nome era Principe Siddhartha.
Principe Siddhartha era uma pessoa muito compassiva. Toda a vez que via pessoas sofrendo de doenças, imediatamente ele rezava por elas.Toda a vez que via pessoas sofrendo por causa da velhice, imediatamente ele rezava por elas.Toda a vez que ouvia falar de pessoas que haviam morrido, imediatamente ele rezava por elas.

Porque a mente de Siddhartha era completamente pura, ele frequentemente via, em todas as direcções, muitos Budas iluminados. Quando tinha 29 anos de idade, Siddhartha teve uma visão de todos os Budas das dez direcções, que falavam com ele ao mesmo tempo, dizendo:
" Ó Siddhartha, anteriormente você prometeu se tornar um Buda Conquistador para ajudar directamente todos os seres vivos que estão aprisionados no ciclo de vidas infelizes. Agora é a hora de você fazer isso."
Imediatamente, o príncipe foi até seus pais e disse a eles:
" Eu desejo ir para um lugar tranquilo na floresta, onde eu possa treinar em meditação profunda e conquistar a plena iluminação rapidamente. Uma vez que eu tenha conquistado a iluminação, darei felicidade a todos os seres vivos, especialmente vocês. Portanto, agora estou pedindo sua permissão para deixar o palácio."
Quando os pais ouviram isso, ficaram chocados. O rei se recusou a dar permissão, dizendo:
"Isso é impossível."
O Príncipe Siddhartha disse a seu pai:
"Pai, se você puder me libertar dos problemas da raiva, ignorância e inveja para sempre, eu ficarei no palácio, mas se você não puder, devo partir e tornar a minha vida humana significativa."

O rei tentou muitas maneiras de impedir seu filho de deixar o palácio. Na esperança de que o príncipe mudasse de ideia, o rei reuniu muitos cantores e dançarinas para diverti-lo. Para evitar que o príncipe fugisse escondido, o rei colocou muitos guardas em volta das muralhas do palácio. No entanto, a determinação do príncipe em deixar o palácio não foi abalada. Uma noite , ele usou seus poderes miraculosos para lançar os guardas e todas as pessoas do palácio em um sono profundo e então, fugiu do palácio com a ajuda de um amigo.

Siddhartha foi para um lugar perto de Bodh Gaya e ali ele encontrou uma caverna adequada para sua meditação, onde praticou principalmente uma meditação chamada "concentração semelhante-ao-espaço", concentrando-se na verdade última de todos os fenómenos. Depois de treinar nessa meditação por seis anos, Sidhartha percebeu que estava muito perto de conquistar a plena iluminação. Então, ele andou até Bodh Gaya, ond se sentou em postura de meditação, sob a Árvore Bodhi, e prometeu não sair da meditação até alcançar a plena iluminação. Desse modo, ele entrou na concentração semelhante-ao-espaço, concentrando-se na verdade ultima de todos os fenómenos.

Ao anoitecer, o espírito de Devaputra , o chefe de todos os demónios deste mundo, tentou perturbar a concentração de Sidhartha, conjurando muitas coisas assustadoras, como demónios terríveis : alguns, atirando lanças, outros, disparando flechas ; e outros, jogando pedras nele.

Siddhartha, entretanto, permaneceu completamente imperturbável. Pela força de sua concentração, as lanças, as flechas e as pedras apareciam para ele como uma chuva de flores perfumadas. Dessa maneira, Siddhartha conquistou todos os demónios deste mundo e, por essa razão, ele agora é conhecido como "Buda Conquistador".

Siddhartha, então, prosseguiu com sua meditação até ao amanhecer, quando, por meio de sua concentração , removeu totalmente até a mínima aparência equivocada de todos os fenómenos de sua mente e se tornou Buda, um ser plenamente iluminado. Não há nada que um Buda não conheça. A razão disso é que Buda despertou do sono da ignorância e removeu de sua mente todas as obstruções da aparência equivocada e os pensamentos obstrutivos, que são semelhantes a nuvens. Buda conhece tudo sobre o passado, o presente e o futuro, directamente e ao mesmo tempo.

Buda tem compaixão por todos os seres vivos, sem excepção. Por isso , ele beneficia todos os seres vivos, sem discriminação, fazendo várias coisas aparecerem por todo o Universo e abençoando suas mentes. Aos poucos, por encontrar um Guia Espiritual como Buda, todos terão a oportunidade de obter a libertação do sofrimento e a suprema felicidade da plena iluminação. De tempos em tempos, por receber as bençãos de Buda, todos experienciam uma mente pacifica, e quando suas mentes estão pacificas, eles são verdadeiramente felizes, mesmo que suas condições exteriores sejam pobres. Por isso, Buda é fonte de nossa felicidade pura.

Quarenta e nove dias após Buda ter alcançado a iluminação, os deuses Brahma e Indra pediram a ele para ensinar, dizendo:
"Ó Buda, Tesouro de Compaixão,
Os seres vivos são como cegos, em
constante perigo de caírem em reinos inferiores.
Além de ti, não há outro protector neste mundo.
Por essa razão, rogamos a ti, por favor,
deixa a tua meditação e gira a roda do Dharma."


Como resultado desse pedido, Buda deu seu primeiro ensinamento, chamado "As quatro Nobres Verdades", em um lugar chamado Varanasi. Depois, na montanha do Bando de abutres, ele deu ensinamentos sobre a Perfeição de Sabedoria. Porque as pessoas têm capacidades diferentes para entender e praticar ensinamentos espirituais, Buda deu, motivado por sua compaixão, muitos níveis de ensinamentos, do mesmo modo que um habilidoso médico prescreve diferentes remédios para tratar diferentes tipos de doentes. Buda deu 84 mil diferentes tipos de ensinamentos e, dessa forma, seus preciosos ensinamentos permearam o mundo inteiro.

Se ouvirmos e praticarmos continuamente os ensinamentos de Buda, poderemos manter a mente pacifica o tempo todo e, assim, poderemos ser felizes o tempo todo.

Este texto foi encontrado no livro "A História de Buda- Budismo para crianças", de  Geshe Kelsang Gyatso.


Sempre que leoi sobre o Buda, o Meu Coração Se Alegra.

__/\__  Namaste!

Bom dia flores do dia!

3 de fev. de 2015

CRESCER DÓI, E COMO DÓI...



"Traga-me um pouco d'água, eu tenho sede."
 Crescer dói, e crescer espiritualmente dói mais ainda. Principalmente quando a alma tem sede de Deus. O crescimento com a espiritualidade libertadora,  trata-se de um rasgo em carne viva...  Sabe porquê?    Porque a alma tem medo da apostasia.

  E assim, eis que vejo-me, mais uma andante solitária com a alma prenhe de espiritualidade libertadora.  E desta forma, eis que sinto-me dolorida,  com meus pés na areia do deserto,  pisando na quentura de 60º C.  E as consequências na dor, é o escaldar dos pés na entrada aterrorizante de viver no deserto de mim mesma.   E as consequências do amor, é o refrigério  dos pés na libertação de uma intimidade maior e crescente com Deus.  
 
Lembro-me de uma frase que li não sei onde, mas que ajuda caminhar nas areias quentes do deserto:  

✿•.¸¸.••❥  "E todos nós como andantes temos uma ou outra lição a passar devida à intimidade com a estrada. A estrada é sábia e tem mestria em ensinar aos pés. Embora seja certo que o caminho ainda segue muito à frente..." 

Quantas lições me esperam?

 Hoje pedi ao mestre, lava-me os pés com sua doce água pura, dá-me o refrigério do 'homem novo'. Lava-me os pés e limpa-me do homem velho que quer morrer para a estrada velha.  Mesmo que o "gosto"  ainda esteja vivo nos caprichos do desejo e da ilusão do velho ego.


 Dessedenta minha sede, traga-me um copo d'água. Jorre sobre mim, a pura água do poço da regeneração. 

 Estou no caminho... E vocês amigos do sagrado coração? A ficha já caiu????
 Transforme seus pés escaldados do homem velho em pés diligentes do homem novo.
Sigamos juntos com os pés diligentes na direção da libertação da alma, assim ascenderemos os degraus iniciáticos da via apaixonada em direção a Deus.


 Paz Profunda  ¯\_(ツ)_/¯  
Bom dia  amigos!
Melhores abraços
Norma Villares


1 de fev. de 2015

INCLINAÇÃO PARA OS ATOS DE BONDADE (...)






Eu encontrei este texto neste blog do Pietro Nardella-Dellova,  achei interessante tais reflexões, por isto estou postando aqui em nosso espaço.  

IETZER HATOV e IETZER HARÁ ou, INCLINAÇÃO para os ATOS DE BONDADE
e INCLINAÇÃO para os ATOS DE MALDADE. Pietro Nardella-Dellova

"(...) Nada há, então, para além do homem e da mulher, que seja bom ou mau. Não há substância ou personificação do bem e do mal. Nada há, seja real, ficcional ou virtual, que possa ocupar-se das inclinações exclusivamente humanas, apenas (e tão somente) a própria experiência humana, fundamentada no livre-arbítrio, ou seja, nos julgamentos e decisões que impulsionam o homem adiante ou atrasam morbidamente. Reflitamos sobre o insuperável mito edênico da árvore do conhecimento do bem e do mal, no livro de Bereshit, Torá. Na verdade, no texto hebraico, a melhor tradução seria “árvore do aprofundamento no bem e no mal” ou, simplesmente, “árvore da experiência com o bem o com o mal”, cuja mensagem primordial é o das inclinações para o bem e para o mal. Ietzer hatov e ietzer hará.

Bom ou mau são categorias morais (de movimento). Bem ou mal (nada de letras maiúsculas) são categorias indicativas e éticas (de comportamento). Movimento e comportamento, indicados pelo livre-arbítrio, traduzem a diferença, aliás, a única diferença entre seres humanos e outros seres da natureza! Portanto, é no comportamento, na atitude, na realização continuada, na resposta face ao dia-a-dia, na maneira de abordar uma situação ou nos critérios de julgamento profissional, jurídico, familiar, religioso, empresarial, econômico, financeiro, acadêmico e social, que verificamos, de modo inequívoco, o nível do ietzer hatov ou de ietzer hará, de uma determinada pessoa!

Quanto mais envolvida com práticas negativas e alheia a princípios bons, tanto mais as atitudes e os critérios de ação de uma pessoa serão negativos ou desprovidos de lastro moral ou ético bons. Em outras palavras, a prática constante de atos maus, cria o ambiente propício para a formação de uma pessoa que, no tempo-espaço, não terá recursos para decidir e agir pelo bem. E no universo do ietzer hatov e ietzer hará vale a graduação.

Não importa qual seja o ato ou atitude para o mal ou para o bem. Seja o ato de cortar uma flor, de esmagar um inseto, manter peixinhos em aquários, de responder rispidamente, de faltar a um compromisso, de lançar um papel de bala á via pública, de mencionar o nome de alguém ausente; seja o de destruir florestas inteiras, atirar uma pedra contra um passarinho ou prendê-lo em gaiolas, matar golfinhos ou baleias, difamar ou desmoralizar uma pessoa, descumprir um contrato ou obrigação, lançar produtos químicos na terra, ar ou água, ou caluniar alguém; seja destruir o planeta, matar uma pessoa (em todos os sentidos) ou não se importar com o que ocorre ao redor, ou qualquer outro ato e atitude negativos, tudo – tudo mesmo, está ligado em uma linha de graduação do comportamento para o mal ou de comportamento mau.

Lançar o papel de bala à via pública ou lançar produtos químicos nos rios, terra ou atmosfera, é a mesma coisa. Esmagar o inseto, prender um passarinho ou manter no aquário um peixinho e matar uma pessoa, dizimar espécimes ou matar golfinhos e baleias, é a mesma coisa! Mencionar o nome de uma pessoa ausente, difamar outra, caluniar uma terceira e matar alguém, é a mesma coisa! Comer hambúrguer com os dentes cheios de pão e carne é a mesma coisa que consentir que milhares de animais sejam maltratados, violentados, torturados de mortos com crueldade!

Seja o ato de não jogar sementes das frutas que comemos no lixo ou investir no replantio de florestas inteiras, é a mesma coisa! Não ligar um carro desnecessariamente é a mesma coisa que plantar uma árvore. Salvar uma abelha que caiu no copo de suco e proibir a caça de qualquer animal em qualquer tempo, é a mesma coisa. Ser criterioso com o destino das coisas que não nos interessam é a mesma coisa que não destruir o planeta inteiro. Não falar o nome de alguém ausente é a mesma coisa que propiciar a vida das pessoas. E cumprir a obrigação cotidiana vale mais que reclamar no Judiciário! Qualquer ato ou atitude de caráter benéfico está ligado a um ambiente de ietzer hatov, de comportamento para o bem ou, simplesmente, comportamento bom.

Assim, quanto mais tempo alguém viver comportamentos negativos em qualquer graduação, mais difícil será a experiência como bem ou experiência boa. Quanto mais tempo alguém viver e experimentar atitudes boas ou para o bem, em qualquer graduação, mais difícil será que se encontre em um ambiente maléfico ou negativo.(...)"


Bom dia amigos!
Beijinhos


© Pietro Nardella-Dellova. “Reflexões sobre as Porções da Torá” in A MORTE DO POETA NOS PENHASCOS E OUTROS MONÓLOGOS, Ed. Scortecci, 2009, pág 169-172. * Disponível na Livraria Cultura

Eu li, gostei e encontrei aqui neste espaço: 

http://nardelladellova.blogspot.com/2011/06/reflexoes-sobre-as-porcoes-da-tora.html